Seminário de energia no ES vai discutir inovação e até “gato” na rede elétrica
O 24º Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica acontece de 7 a 10 de novembro, no Pavilhão de Carapina, e terá até rodeio de eletricistas
O 24º Seminário Nacional de Distribuição de Energia será sediado este ano no Espírito Santo, entre os dias 7 e 10 de novembro. Maior evento do segmento na América Latina, além de discussões sobre ESG, sustentabilidade e até formas de enfrentar problemas como furto de energia (o popular “gato”), o encontro também terá um rodeio de eletricistas.
A expectativa da organização do evento, lançado nesta quarta-feira (10), durante um almoço em Vitória, é reunir mais de 3,5 mil pessoas durante a realização do seminário, que acontecerá no Pavilhão de Carapina, na Serra.
O evento acontece a cada dois anos e é organizado pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) para debater tendências do setor, além de discutir soluções e novas tecnologias. Tudo tem início a partir de um seminário com mais de 20 palestras simultâneas, ministradas por especialistas de renome nacional e mundial.
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As palestras acontecem em uma arena silenciosa e os participantes recebem fones de ouvido para escolher em tempo real o conteúdo que querem acompanhar: basta sintonizar os fones ao tema que mais interessa.
O encontro acontece desde 1962 e procura reunir as principais empresas do setor para discutir assuntos pertinentes ao mercado de energia elétrica de todo o país, como explica o o presidente da Abradee, Marcos Madureira.
“O Sendi 2023 vai proporcionar o encontro do mercado de distribuição de energia elétrica em um único lugar, reunindo as principais empresas, fornecedores, profissionais e especialistas. Esse evento, realizado desde 1962, demonstra a força e a importância do nosso setor no mercado brasileiro”, afirmou.
Madureira destacou que o encontro também deve discutir um problema que afeta diretamente o trabalho das distribuidoras: o furto de energia (o popular "gato").
“O ‘gato’ ou furto de energia é um dos temas que estarão no Sendi. Esse problema infelizmente tem avançado, inclusive no sentido contrário às ações que temos implantado para o seu combate. No Brasil, temos um aumento muito grande da clandestinidade, onde a energia chega, mas as empresas não podem atuar, até por falta de segurança, para prestar o serviço. É claro também que há furto em outras áreas em que são empregados meios mais sofisticados. E nosso esforço é no sentido de combater para que isso não aconteça".
Também no Pavilhão de Carapina acontece a Exposendi, uma exposição do segmento de energia que trará palestras de especialistas que apresentarão trabalhos técnicos, além do Rodeio Nacional de Eletricistas e espaço voltado para startups.
Serão mais de 150 de estandes com fornecedores do segmento. A ideia é expandir a rede de negócios e networking dos participantes. Ao todo, mais de 200 trabalhos serão apresentados sobre as novas tendências e práticas adotadas por empresas em todo o Brasil.
EDP será anfitriã do encontro
A anfitriã do evento será a EDP, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no Espírito Santo. No encontro, a companhia discutirá com outras empresas as macrotendências do setor de energia como descarbonização, descentralização e inclusão, além de sustentabilidade, contratos de concessão e inovações.
“A EDP sente-se honrada em ser a anfitriã do maior evento de distribuição elétrica da América Latina. Este tradicional evento do setor. Este segmento passa por um momento histórico com a transição energética e a abertura do mercado, mudanças inevitáveis que irão mudar a relação das pessoas com a energia elétrica", disse o vice-presidente de Distribuição da EDP, Dyogenes Rosi.
"No Sendi iremos reunir os principais protagonistas desta evolução e discutir como queremos construir este futuro: um futuro mais elétrico, sustentável e inovador”, finalizou.
Evento deve movimentar mais de R$ 45 milhões no ES
De acordo com os organizadores do evento, o valor estimado de investimentos gira em torno dos R$ 45 milhões. Apenas na estrutura que será montada para receber o encontro serão investidos cerca de R$ 20 milhões, com utilização de tecnologias de sustentabilidade e inclusão.
Além deste valor, outros R$ 25 milhões devem ficar no Estado pela movimentação dos comércios, transportes e rede hoteleira, levando em consideração a Pesquisa de Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados no Brasil, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o valor médio gasto por turistas no país é de 304 dólares, ou R$ 1520.
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