ARTIGO IBEF

Meu escritório é na praia! Reflexão do ESG contra eventos climáticos extremos

O compromisso com uma agenda ESG pode contribuir, pois não depende apenas dos governos. Sem o engajamento das corporações, o controle climático não ocorrerá

IBEF-ES

Foto: Freepik
*Artigo escrito por Haynner Batista Capettini, advogado, assessor jurídico do Sicoob Central ES, membro da Comissão de Direito Corporativo da OAB/ES e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de ESG do IBEF-ES.

"Ainda não é tarde demais. Nós podemos – vocês podem – evitar o colapso e a queima do planeta. Temos as tecnologias para evitar o pior do caos climático – se agirmos agora. Mas precisamos de liderança, cooperação e vontade política para agir. E precisamos disso agora", afirmou António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, durante a abertura da Cúpula Mundial de Ação Climática, em 1º de dezembro de 2023

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Talvez não haja sensibilidade aos efeitos da mudança climática, por estar em uma região onde estas alterações são menos impactantes – pelo menos por agora, pois especialistas garantem que um aumento médio de dois graus na temperatura atual pode começar a comprometer até mesmo a simples ida à praia –, mas é reconhecido que ações precisam ser feitas para proteger as pessoas que estão em locais onde sentem mais fortemente os efeitos da mudança do clima e o aumento das temperaturas.

Para evitar um caos climático e uma condição que possa comprometer a sobrevivência, o Pacto de Paris busca limitar o aumento da temperatura média global a 1,5% acima dos níveis pré-industriais, até 2030.

O compromisso com uma agenda ESG pode contribuir, pois não depende apenas dos governos. Sem o engajamento das corporações, o controle climático não ocorrerá. 

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O "E" refere-se não apenas a princípios, mas também a práticas efetivas de conservação ambiental e sustentabilidade.

O Brasil sofrerá os impactos das mudanças climáticas e, conforme OCDE, com o prejuízo que esta trará à infraestrutura, se perderá, por estimativa, 1,3% do PIB, algo em torno de R$ 141 milhões, considerando o PIB de 2023, sem registrar um intangível que é a piora na qualidade de vida.

É imperativo que se contribua. Para tanto, é essencial incorporar a agenda ESG nas empresas, especialmente na estratégia dos negócios. 

Compreender este contexto e adaptar os objetivos corporativos traz um compromisso relevante com os aspectos ambientais. 

Isso não se resume mais apenas à agregação de valor ao negócio, mas passa a ser uma condição de sobrevivência. É crucial agir agora, enquanto ainda é possível desfrutar da praia.

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