Em um auditório lotado na sede de um banco em São Paulo, o fórum empresarial #BuyES apresentou, nesta quarta-feira (08), as potencialidades econômicas e atrativos de negócios do Espírito Santo para uma plateia de 200 empresários e os principais players da indústria, inovação e do mercado de fundos de investimento da capital paulista.
Sob o tema “Por que investir no Espírito Santo?”, o evento levou empresários capixabas de sucesso e representantes de segmentos produtivos, como a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), para apresentar aos investidores paulistas o ambiente de negócios favorável capixaba.
Foram destacados as potencialidades locais, os atrativos fiscais, o polo de tecnologia e demais ecossistemas e cadeias produtivas de destaque, além de informações estratégicas que diferenciam o Espírito Santo, como os setores de infraestrutura e logística.
Organizado pela Apex Partners, plataforma capixaba de investimentos e serviços financeiros, o encontro contou com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que apontou que os temas abordados nos painéis durante o evento dão oportunidade de apresentar o Espírito Santo aos empresários interessados em desenvolver parcerias de negócio.
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“Falar bem da gente mesmo pode parecer arrogante, mas o Espírito Santo ficou muito tempo acanhado pelos vizinhos. É muito bom que a gente possa divulgar o que conquistamos nos últimos anos. Não somos uma ilha e por isso dependemos do que acontece e o que acontecerá no Brasil. Temos que trabalhar muito para termos um país que encontre seu rumo e possa dar estabilidade à população”, frisou.
O presidente da Apex Partners, Fernando Cinelli, no painel de abertura, lembrou que é preciso avançar e deixar para trás a figura da “barreira verde”, relegada ao Estado ao longo de quatro séculos da história brasileira.
Nas narrativas do passado, o Espírito Santo foi propositalmente deixado à margem do desenvolvimento econômico para ser um obstáculo natural de acesso às Minas Gerais, de onde saíam o ouro e metais preciosos.
“Queremos romper com esse conceito histórico de barreira verde do Espírito Santo e passar a ser a porta de entrada para o Brasil”, afirmou, destacando que, no século XXI, Espírito Santo possui paralelamente os atributos míninos que o fazem se destacar como um lugar de boas oportunidades, reunindo a tríade de um lugar bom pra se viver, para se trabalhar e para se investir, constituindo três fatores interdependentes em sua avaliação.
“Porque é bom viver no Estado? O Espírito Santo é o sétimo melhor Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil marcando 0,8. Um índice comparado a países desenvolvidos. Sua capital é a quarta melhor em qualidade de vida do país e o Estado fica em segundo lugar em expectativa de vida. Além disso, Vitória tem a melhor saúde pública do país e mobilidade urbana”, apontou.
No ramo de negócios, ele lembrou que Vitória está entre as melhores cidades para empreender.
“É o quinto Estado mais competitivo do país. Conta com a maior indústria de celulose, sendo um dos Estados que mais produz petróleo no país e o maior exportador de pelotas de minério de ferro. Além disso, somos responsáveis por 47% das transações intercontinentais desse produto e 70% da produção de café conilon do país”, citou.
Ele concluiu lembrando que o Espírito Santo é um bom lugar para se investir devido às características positivas de um hub logístico, somadas a um ambiente de negócios favorável.
“Temos nota A do Tesouro Nacional por dez anos consecutivos, com uma máquina pública eficiente e a criação pela primeira vez do Fundo Soberano, que investirá R$ 250 milhões na economia real”, destacando que o PIB capixaba cresceu 6,7% contra 4,6% em 2021.
Durante o encontro, outros pontos também tiveram destaque na explanação sobre o Estado. O fato do Espírito Santo, em 2021, ter batido recorde, por exemplo, com mais 53 mil postos de trabalho formais criados. E o dado sobre eficiência da máquina Pública: o Espírito ter conquistado o 1º lugar do país no ranking do Centro de Liderança Pública.
Referência em todas as áreas
No evento, o governador Casagrande também reforçou que o Espirito Santo precisa ser uma referência na prestação de serviço público em todas as áreas.
“Trabalhamos com cinco premissas e estas se relacionam com o setor produtivo: competitividade, justiça, inovação, desenvolvimento regional e sustentabilidade. Somos um Estado com boa gestão fiscal e recursos tanto para fazer investimentos quanto para atrair empreendimentos. Criamos o Fundo Soberano que serve uma parte como uma poupança intergeracional e outra para atração de empresas. Isso mostra que é possível sim ter uma visão a longo prazo na administração pública. Com continuidade dessas boas políticas, o Espírito Santo pode ir muito mais além”, pontuou.
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O #BuyES também abordou as principais oportunidades de investimento e os diferenciais do Estado, com participação do presidente do Bandes, Munir Abud; secretário da Fazenda do Espírito Santo, Marcelo Altoé; e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, Ricardo Pessanha.
Além disso, grandes empresários capixabas apresentaram cases de sucesso e vantagens competitivas de empreender no Estado. Participaram Ada Mota, da Adcos; Léo de Castro, da Fibrasa; Renan Chieppe, do Grupo Águia Branca; Cátia Horsts, fundadora e CEO da Rhopen Consultoria, e Gustavo Fonseca, CEO da Fass.