Postos da Grande Vitória já aplicam o novo reajuste e gasolina chega a R$ 7,69
Enquanto havia um posto com o valor antigo, comercializando o combustível a R$ 7,15 por litro, outro estabelecimento, no centro da capital, vendia a gasolina por R$ 7,59
No primeiro dia de aumento dos combustíveis, anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (17), um levantamento realizado pelo Folha Vitória encontrou uma diferença de preços de até R$ 0,44 centavos por litro de gasolina em postos da Grande Vitória. A gasolina foi encontrada por R$ 7,69 no cartão de crédito.
Enquanto havia um posto com o valor antigo, comercializando o combustível a R$ 7,15 por litro, outro estabelecimento, no centro da capital, vendia a gasolina por R$ 7,59, já com reajuste.
Reajuste veio após quase 100 dias
Após 99 dias congelado, o preço da gasolina foi reajustado neste sábado (18), pela Petrobras, passando a custar R$ 4,06 o litro nas refinarias da estatal, um aumento de 5,2%. O diesel, há 39 dias sem aumento, passará a custar R$ 5,61 o litro, alta de 14,2%, conforme anúncio realizado nesta sexta-feira, 17.
Os reajustes refletem a disparada dos preços dos derivados no mercado internacional, seguindo a alta do petróleo e refletindo maior demanda e o fechamento de refinarias em meio à guerra entre a Rússia e Ucrânia.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), para alinhar o preço interno com o praticado no Golfo do México, de onde sai a maioria das cargas, o aumento deveria ser de R$ 0,57 para a gasolina e R$ 1,37 para o diesel, diante de defasagens de 13% e 21%,respectivamente.
O aumento segue a escalada de preços do petróleo no mercado internacional. Nesta sexta-feira, os contratos da commodity para agosto eram comercializados a US$ 119,5 o barril no período da manhã, pelo horário de Brasília.
O câmbio também não está ajudando e já ultrapassa os R$ 5, com a cautela dos investidores impulsionando a moeda norte-americana.
A alta dos combustíveis tem sido ponto de tensão entre a Petrobras e o governo. O presidente da República, Jair Bolsonaro, crítica a companhia pelos altos lucros e distribuição de dividendos bilionários, inclusive para a União, e pedia para que novos reajustes não fossem realizados.
Pelo estatuto da estatal, um eventual prejuízo provocado pelo seu acionista controlador (União) tem que ser compensado, ou seja, para segurar os preços em relação ao mercado internacional, a União teria que pagar a diferença à Petrobras.
Nos últimos dias, outras autoridades ligadas a Bolsonaro vieram a público reclamar da estatal, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
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