Economia

Executiva da Americanas promete se entregar; CEO é solto

A ex-diretora da varejista Anna Christina Ramos Saicali deve se apresentar às autoridades portuguesas neste domingo (30), no Aeroporto de Lisboa, e retornar ao Brasil

Estadão Conteúdo

Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados


Investigada por envolvimento em fraudes contábeis de R$ 25,3 bilhões na Americanas, a ex-diretora da varejista Anna Christina Ramos Saicali deve se apresentar às autoridades portuguesas hoje, no Aeroporto de Lisboa, e retornar ao Brasil. Ao desembarcar, ela também terá de entregar seu passaporte à Polícia Federal.

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Ontem, o ex-presidente da companhia Miguel Gutierrez, também investigado no caso, foi solto e está em sua casa em Madri, na Espanha. Ele já entregou seu passaporte às autoridades brasileiras e espanholas.

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No caso de Anna, a decisão de substituir a prisão preventiva por uma medida cautelar foi dada pelo juiz Márcio Muniz da Silva Carvalho, da 10.ª Vara Federal Criminal, do Rio, após a defesa da ex-diretora dizer que ela retornaria ao Brasil. 

"Anna Saicali deve apenas se apresentar às autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa, sem ser detida, nem algemada, nem passar por qualquer tipo de constrangimento ou vexame", escreveu o juiz em seu despacho.

Segundo os investigadores da Operação Disclosure, Gutierrez e Anna tiveram envolvimento direto nas fraudes na Americanas. A investigação aponta que ambos teriam vendido mais de R$ 230 milhões em ações da Americanas quando suspeitaram que as fraudes contábeis bilionárias da empresa se tornariam públicas.

Soltura

Alvo da Operação Disclosure, Gutierrez foi preso na sexta-feira pela Interpol. Segundo nota divulgada pela defesa ontem, o executivo "compareceu espontaneamente ante as autoridades policiais e jurisdicionais com o fim de prestar os esclarecimentos solicitados".

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Os advogados dizem que o empresário está no "mesmo endereço comunicado desde 2023 às autoridades, onde sempre esteve à disposição dos diversos órgãos interessados nas investigações em curso".

Os advogados do ex-CEO reforçaram ontem que ele "jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios". "Diante do acesso aos auto, Miguel agora poderá exercer sua defesa frente às alegações originadas por delações mentirosas em relação a ele", disse a defesa, em nota.

*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.