ARTIGO IBEF

Desafios da era digital: tecnologia, lei e a busca por equilíbrio

À medida que o volume e o tratamento de dados se intensificam, o fenômeno do uso de sistemas de big data emerge como uma força motriz

IBEF-ES

Foto: Freepik
*Artigo escrito por Victor Marques, advogado, sócio na Marques Advocacia, comendador da Ordem do Mérito Domingos Martins, membro do Conselho Municipal de Recursos Fiscais de Vitória-ES, do IBEF Academy e do Comitê Qualificado de Conteúdo de Inovação e Tecnologia do IBEF-ES.

No cenário marcado pela constante evolução tecnológica, o surgimento de ferramentas não apenas acompanha, mas molda a interação social e econômica. 

É como navegar em um oceano de inovação, impulsionado pela ascensão dos sistemas autônomos e pela expansão das redes, rumo a novas fronteiras de possibilidades e conexões.

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À medida que o volume e o tratamento de dados se intensificam, o fenômeno do uso de sistemas de big data emerge como uma força motriz, capacitando análises que ecoam diretamente nas dinâmicas comerciais e sociais. 

Contudo, este avanço não vem sem seus dilemas. Enquanto se clama por uma intervenção estatal que proteja os direitos sobre dados e privacidade, também é visível a necessidade de uma evolução jurídica e empresarial que garanta a autenticidade, integridade e segurança nas transações.

É neste ponto que a tecnologia blockchain se revela como um farol de esperança, oferecendo soluções disruptivas que transcendem múltiplos setores. 

Com a capacidade de implementar contratos inteligentes, executados automaticamente por software, uma nova era de transparência e eficiência desponta, especialmente visível no mundo empresarial.

A automação trazida por essas inovações promete aliviar os fardos dos setores produtivos, liberando recursos humanos para empreender em tarefas mais complexas, enquanto lança uma luz revigorante sobre a transparência no setor público. 

No entanto, mesmo em meio aos benefícios desses avanços, uma questão importante permanece: é possível impulsionar o progresso comercial e tecnológico sem desconsiderar o impacto humano?

Enquanto a legislação avança para responder a esses desafios, é crucial reconhecer que a regulação por si só não é suficiente. 

É preciso um esforço coletivo de educação, conscientização e controle social, liderado por especialistas comprometidos, para garantir que essas mudanças ocorram de forma ética e responsável, mitigando os impactos indesejados no campo social.

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A educação e a fiscalização sobre as implicações das tecnologias emergentes tornam-se fatores fundamentais para uma adoção plena e responsável, minorando os efeitos adversos, como as desigualdades sociais e violações de privacidade. 

Em um momento de oportunidades sem precedentes, é imperativo estabelecer parâmetros éticos sólidos para o uso dos avanços tecnológicos, assegurando o respeito pelos direitos individuais e coletivos.

A conclusão que se chega é que estamos diante de uma encruzilhada de transformação e responsabilidade. 

A direção para uma sociedade digital mais justa e inclusiva depende da colaboração entre os setores público, privado e toda a sociedade, alimentada pela educação e pela conscientização sobre o impacto das inovações tecnológicas. 

É tempo de navegar com sabedoria e coragem em águas desconhecidas, com o horizonte de um futuro mais equitativo e próspero à vista.

*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo.

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