ARTIGO IBEF

Produção de café e sua importância para a economia capixaba

A cafeicultura é a principal atividade agrícola desenvolvida em solo capixaba e posiciona o Estado como o segundo maior produtor do Brasil

IBEF-ES

Foto: Hydra/Divulgação
*Artigo escrito por Hugo Paradella Albertino, economista, especialista em finanças corporativas e membro do IBEF Academy e do Comitê Qualificado de Conteúdo de Economia do IBEF-ES.

De acordo com o Centro do Comércio do Café de Vitória, o cultivo de café em terras capixabas tem sua origem na metade do século XIX. 

A cafeicultura é a principal atividade agrícola desenvolvida em solo capixaba, e de acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Expansão Rural – Incaper, posiciona o estado como o 2º maior produtor de café do Brasil, sendo responsável por mais de 30% da produção do país. A atividade cafeeira representa em média 37% do PIB Capixaba.

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A produção de café está em todas as regiões do estado, e são produzidos tanto o café arábica quanto o conilon. 

O cultivo é praticado em todo o tipo de terreno, o nível de tecnologia é diverso e apesar dos pequenos produtores serem a maioria, o tamanho das propriedades é variado. 

O café arábica é produzido em regiões com temperaturas mais baixas e com altitude mais elevada, já o conilon em regiões mais quentes e de altitudes inferiores a 500 metros. 

Durante muitos anos o café arábica foi o carro-chefe da cafeicultura do Espírito Santo, mas atualmente a maioria das propriedades produz o café conilon.

Dados do Incaper, apontam que o café arábica é uma das principais fontes de renda das propriedades rurais capixabas localizadas em terras frias e montanhosas. 

O Espírito Santo é o terceiro maior produtor de arábica do Brasil e os três municípios que figuram como maiores produtores são: Brejetuba, Iúna e Vargem Alta. 

De acordo com o governo do Estado do Espírito Santo, atualmente existem aproximadamente 166 mil hectares de café arábica no Estado, envolvendo em torno de 53 mil famílias. 

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Estima-se que a produção de arábica seja responsável pela geração de aproximadamente 150 mil empregos diretos e indiretos.

Em se tratando do café conilon, o Espírito Santo é o maior produtor do Brasil, respondendo por aproximadamente 70% do que é produzido no país e por 20% da produção mundial. 

Os três municípios que figuram como maiores produtores de café conilon no estado são: Rio Bananal, Vila Valério e Jaguaré. 

Dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) indicam que a produção de conilon é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais do estado. 

Atualmente, a área plantada de conilon equivale a 266 mil hectares. São em torno 40 mil propriedades rurais distribuídas em 63 municípios, gerando 250 mil empregos diretos e indiretos.

Pode-se concluir que a cafeicultura tem um grande impacto no desenvolvimento econômico do estado do Espírito Santo, sendo a principal fonte de renda de muitas famílias que vivem no meio rural. 

A produção de café possui uma história rica e um potencial ainda maior para o futuro, o café continua a ser uma das principais forças impulsionadoras do crescimento do Estado, levando-o cada vez mais a posição de destaque nacional e internacional. 

*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo