Economia

Data Business Health: planos e laboratórios do ES apostam em fusões para melhorar atendimento

Evento promovido pelo Folha Business, Rede Vitória e Apex reuniu os maiores empresários e gestores do segmento da saúde nacional e capixaba, além de investidores de negócios deste segmento

Foto: Vitor Machado

A verticalização dos serviços de saúde suplementar e as fusões entre operadoras de planos de saúde, laboratórios e hospitais são as apostas para o futuro das empresas do ramo. O assunto foi um dos temas discutidos no Data Business Health by Futura, realizado nesta sexta-feira (19) em Vitória.

O evento promovido pelo Folha Business, em parceria com a Apex Partners e Futura Research reuniu referências do setor empresarial de saúde para debater novidades do segmento. Uma das conversas foi mediada pelo head do Folha Business, Ricardo Frizera, e teve a participação do CEO da Kora Saúde, Antônio Benjamim Neto, o presidente da Unimed ES, Alexandre Ruschi, e do Presidente Athena Saúde e Diretor do Pátria, Fábio Hirota. Eles falaram sobre as tendências na saúde e os movimentos de mercado.

Uma pesquisa da Futura mostrou que mais de R$ 20 bilhões foram transacionados em fusões no mercado de saúde no Brasil. A estimativa é que cerca de 10% desse montante tenha sido movimentado no Espírito Santo.

Com isso, os convidados falaram sobre o porquê deste movimento de consolidação de fusões e aquisições e o movimento de compra e venda de empresas do setor de saúde teve tanta força no Espírito Santo.

Benjamim Neto destacou que consolidação de fusões é um caminho sem volta e fundamental para garantir a qualidade do serviço e a manutenção de um custo acessível nos atendimentos, considerando o envelhecimento dos pacientes.

Foto: Vitor Machado

“Tudo que a tecnologia tira do hospital, a longevidade coloca em dobro. Atualmente, mais de 40% dos nossos leitos de UTI tem mais de 80 anos. Hoje, não é raro ver um paciente de UTI com 90 anos sendo operado e sair andando depois. Há 30 anos isso era impensável. Operação com mais de 90 anos eram somente emergências”, destacou.

Ele ainda lembrou que há cerca de 30 anos, os leitos de hospitais eram compostos por 10% de UTI, o que não acontece atualmente, pois o número de vagas para pacientes de tratamento intensivo aumentou consideravelmente.

“É fundamental que haja a formação de redes. Passamos a ter um olhar diferente. Há 30 anos a Saúde não era olhada como business. Hoje, o cenário mudou e há um novo ciclo, que são as empresas do ramo. A Saúde começou a ser aceita como negócio”, destacou.

Foto: Vitor Machado

Fábio Hirota destacou que o mercado passa por constante transformação e precisa de capital para isso. Para ele, os fundos estão observando essa necessidade de investir no mercado de saúde.

“É um mercado que vai explodir daqui a alguns anos. A pirâmide etária só vai aumentar e que pessoas acime de 60 anos tem gastos aumentados gradativamente. Com isso, o dinheiro vai entrar”.

Ele ainda falou sobre o mercado no Espírito Santo. Segundo ele, há um lado macroeconômico de indústrias grandes, que gera renda e isso aponta para a dinâmica de setor.

“Quando olhamos para a saúde no Espírito Santo e vemos a penetração da saúde suplementar, é muito ampla. Apesar de não ser um estado grande em população, a penetração alta gera uma base de clientes no mercado privado, para onde os fundos estão olhando”, disse.

Já o presidente da Unimed Espírito Santo lembrou que os gastos mundiais com saúde são de, aproximadamente, R$ 10 trilhões, o que aponta para o crescimento do setor dos próximos anos.

Foto: Vitor Machado

“Precisamos ter um sistema capaz de coordenar o cuidado para que as pessoas cheguem saudáveis aos 80 anos e, se precisar ir para a UTI, é para entrar e sair. Temos um desafio populacional para reconhecer”, afirmou.

Ele também lembrou que a assistência de Saúde da Unimed trabalha há 43 anos no Espírito Santo e, segundo ele, metade deste tempo, foi realizado sem que houvesse uma regulação dos serviços de saúde suplementar.

“O Estado veio ao longo dos últimos anos se organizando para melhorar a saúde suplementar. O sistema tem absoluta convicção de se relacionar com seus parceiros. Somos um sistema de saúde organizado que permitiu que os parceiros viessem para cá”.

Durante o painel, os convidados ainda debateram sobre a verticalização dos serviços de saúde suplementar, que consiste na parceria entre planos, clínicas e sistemas para que um melhor serviço seja oferecido aos pacientes.

Assista abaixo o painel completo:

Data Business Health

Os números do setor de saúde no Espírito Santo, os diferenciais que tornam o segmento atrativo e as inovações e transformações do mercado são temas de interesse para o mercado.

O Data Business Health by Futura reuniu os maiores empresários e gestores do segmento da saúde nacional e capixaba, além de investidores de negócios deste segmento.

O evento é uma iniciativa do Folha Business, em parceria com a Apex Partners, Rede Vitória e a Futura Research, que é a maior referência em Business Intelligence no Espírito Santo.

O Data Business Health é mais um evento do ecossistema Folha Business. Nos encontros Agro Business e Mundo Business, já se reuniram grandes nomes da iniciativa privada e setor público do Brasil, como Luis Stuhlberger e Luiz Parreiras (Verde Asset Management), Viviane Martins (CEO da Falconi); Luís Roberto Barroso (Ministro do Supremo Tribunal Federal); Tarcísio de Freitas (Ex-Ministro da Infraestrutura) e Roberto Campos Neto (Presidente do Banco Central).