O Espírito Santo é um dos estados brasileiros que mais conseguem manter a continuidade dos negócios apesar dos impasses e diferenças político-partidárias que, invariavelmente, interferem no desenvolvimento econômico dos Executivos estaduais e também do país.
A afirmação é do economista Ricardo Amorim, que esteve em Vitória nesta quinta-feira (31), como palestrante do evento de aniversário de 31 anos do Sindicato do Comércio de exportação e importação do Estado (Sindiex).
O especialista ainda avalia que mesmo apresentando falhas nas políticas públicas e sociais, assim como ocorre na maioria dos estados brasileiros, o governo capixaba, independentemente de quem esteja na gestão, prioriza o andamento dos trabalhos visando ao desenvolvimento econômico e social do Estado.
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“Em termos relativos ao que se vê em outros estados, o Espírito Santo está muito melhor do que a média do Brasil. Você vê isso em algumas coisas de infraestrutura. O próprio fato de hoje o Estado ter um novo porto (Porto de Aracruz) importante sendo construído é um exemplo disso. Então, o meu ponto é, nunca negar dificuldades, nunca negar que tem problemas, mas, de novo, quando comparo com o resto do Brasil, vejo uma diferença marcante do ponto de vista de um pouco mais de política de estado, um pouco menos de política de governo”, frisou Amorim.
A reportagem do Folha Vitória indagou ao especialista de que maneira a Reforma Tributária, que também foi discutida durante a palestra desta quinta-feira, vai impactar, na prática, nos estados considerados de pequeno porte, o que é o caso do Espírito Santo.
O economista ressaltou que, em seu ponto de vista, o fator que vai determinar o impacto da Reforma Tributária nos estados será a mudança na forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
“Então, basicamente, o impacto da reforma tributária em estados de pequeno porte como o Espírito Santo é incerto e depende de características específicas, mas a mudança na forma de cobrança do ICMS pode levar a aumento da carga tributária a médio prazo”, frisou.
Sindicato atua no ES desde 1992
Atuando para o sucesso do negócio das empresas de comércio exterior desde 1992, o Sindiex é a entidade mais forte e representativa do setor no Brasil, reunindo as principais empresas com atuação na importação e exportação. No Espírito Santo, sede do sindicato, as associadas representam mais de 50% do PIB.
Em mais de três décadas de trabalho, a entidade, que foi fundada por um grupo de 40 empresários, cresceu, ganhou força e conquistou representatividade junto aos órgãos anuentes e governos nas esferas municipal, estadual e federal.