Economia

Vendido por até R$ 129 no ES, preço do gás de cozinha pode cair após anúncio da Petrobras

Empresa anunciou nesta terça-feira (13) a redução de 4,7% no preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP). O Folha Vitória pesquisou os valores em algumas empresas; veja a lista

Isabella Arruda

Redação Folha Vitória
Foto: EBC

Após anunciada uma redução pela Petrobras de 4,7% no preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), chamado popularmente de gás de cozinha, a reportagem do Folha Vitória consultou empresas do setor, na Grande Vitória e no Espírito Santo, para saber quais valores vêm sendo aplicados ao consumidor final.

Quando questionadas sobre alguma redução recente, as distribuidoras informaram que até o momento não houve aplicação do reajuste no valor da venda das botijas. Nas empresas pesquisadas, os valores encontrados ficaram entre R$ 95 e R$ 129, podendo variar em cada estabelecimento a depender da forma de pagamento.

Confira lista:

1. Maracanã Comércio de Gases, no bairro Maracanã, em Cariacica: R$ 95 no dinheiro ou no pix;
2. Fábio do Gás, no bairro Eldorado, em Viana: R$ 110;
3. Consigaz, no bairro Santa Mônica Popular, em Vila Velha: R$ 115;
4. Depósito de Gás Fonte Nova, no Centro de Vila Velha: valores variam entre R$ 115 no dinheiro ou Pix e R$ 118 no cartão; apenas nesta terça-feira (13), o valor em dinheiro ou Pix está R$ 110;
5. Júnior Gás, no bairro de Fátima, na Serra: R$ 110. Segundo informações do estabelecimento, este preço é promocional, sendo que o valor cobrado normalmente é de R$ 129;
6. Patão Gás, no bairro Andorinhas, em Vitória: R$ 120;
7. Giacomin Gás e Água, no bairro Bela Vista, em Aracruz: R$ 114. De acordo com o estabelecimento, pode ser que o valor caia para R$ 110 para quem pegar a botija na loja;
8. Lugon Distribuidora de Gás, no bairro Nova Brasília, em Cachoeiro de Itapemirim: R$ 120. 

O que diz o presidente do Sindigás?

De acordo com Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, os preços do GLP são livres em todos os elos da cadeia. Apesar disso, a redução dos preços da Petrobras podem ter um impacto sobre os custos das Distribuidoras e das Revendas, podendo-se esperar que as pressões competitivas façam com que algum movimento alcance os consumidores.

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Para ele, é importante destacar que o mercado tem dinâmica própria. “É fundamental que os consumidores entendam que eles têm papel importante, pois diferentemente de outros energéticos e serviços de utilidade pública, o GLP não tem preços controlados, mas sim acompanhados”, informou.

A autoridade recomendou que o consumidor procure, dentro de suas revendas de confiança e da marca de preferência, as melhores ofertas de valor, incluindo aí serviço, agilidade, segurança, confiança e, naturalmente, preço.

“A verdade é que os preços do GLP não são como os da energia elétrica ou outros serviços, que têm uma chave que vira os preços em todos os elos de forma direta. A boa notícia é que os custos foram, mesmo que timidamente, pressionados para baixo”, finalizou.

Entenda

O preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), praticado pela Petrobras junto às distribuidoras, será reduzido a partir desta terça-feira (13). Segundo a estatal, o valor do quilo (kg) passa de R$ 4,23 para R$ 4,03. O reajuste representa uma queda de 4,7%.

É a segunda redução consecutiva no preço do GLP, também conhecido como gás de cozinha. Em abril deste ano, houve uma queda de R$ 0,25 no valor do kg. Antes, no entanto, os preços mantinham trajetória de alta. Em julho do ano passado, houve aumento de 6%; em outubro de 7,2% e em março deste ano de 16,1%.

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Segundo a Petrobras, o preço médio de 13 kg, correspondente à capacidade do botijão de uso doméstico, sofrerá uma redução de R$ 2,60, ficando em R$ 52,34. Contudo, não é possível precisar o valor final que será cobrado do consumidor, já que outros fatores exercem influência, como os tributos que incidem sobre o GLP e as margens de lucro das distribuidoras.

Além da redução no GLP, a Petrobras anunciou nas últimas semanas quedas na gasolina, no diesel, no querosene de aviação e na gasolina de aviação. 

Os reajustes refletem as variações do mercado internacional, conforme a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI) adotada pela estatal desde 2016. Na semana passada, o preço do barril de petróleo tipo brent, usado como referência, caiu abaixo de US$ 90 pela primeira vez desde fevereiro.

No primeiro semestre do ano, porém, o cenário internacional era outro. Com base no PPI, os combustíveis sofreram forte alta, o que gerou manifestações de insatisfação do presidente da República, Jair Bolsonaro. Em maio, ele trocou o comando da estatal pela quarta vez durante seu mandato. Caio Mário Paes de Andrade assumiu no lugar de José Mauro Ferreira Coelho.

Em nota, a Petrobras informa que a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a sua prática. A estatal sustenta que busca o equilíbrio com o mercado, sem repassar a volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio. 

"Para contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor", acrescenta o texto.

Consumidor

Conforme o último levantamento divulgado pela Petrobras, realizado entre 28 de agosto e 3 de setembro, o botijão de gás de 13 kg estava custando ao consumidor em média R$ 111,57. A estatal calcula ser responsável apenas por 49,2% desse valor.

Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS), tributo estadual, responde por 10,6%. O restante do preço é de responsabilidade das distribuidoras, que leva em conta os gastos logísticos e a margem de lucro.