O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, esteve em Vitória nesta segunda-feira (18) para anunciar investimentos de R$ 22 bilhões no Espírito Santo. Ele participou da cerimônia de aniversário de 15 anos de produção do pré-sal no Brasil, realizada na sede capixaba da empresa em Vitória.
Além disso, a Petrobras planeja investir em 10 parques eólicos, sendo dois deles no Sudeste: um no Espírito Santo e outro no Rio de Janeiro.
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O Espírito Santo é terceiro estado no ranking da produção de petróleo e gás da Petrobras – atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo. A companhia conta atualmente com mais 10 mil empregados e terceirizados ligados à sede capixaba – sendo que 7 mil trabalham em operações offshore.
Navio-plataforma entra em operação em 2025
E as perspectivas da empresa para o Espírito Santo seguem promissoras. O Plano Estratégico da companhia para o período de 2023 a 2027 prevê investimentos de R$ 22 bilhões em projetos de exploração e produção no Estado, incluindo o navio-plataforma Maria Quitéria, programado para entrar em operação em 2025.
Do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), o Maria Quitéria irá operar no pré-sal do campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos, com capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia.
Será a primeira plataforma “all electric” com ciclo combinado de geração de energia da companhia, que resultará em menor emissão de gases de efeito estufa. A estimativa é que, durante seu ciclo de produção, com as novas tecnologias, o FPSO deixará de emitir mais de 5 milhões de toneladas de CO2.
Investimento em energia eólica
Outra frente de investimentos da Petrobras no Estado é o desenvolvimento de energia eólica.
Conforme divulgado em março deste ano, a companhia estuda, em parceria com a Equinor, a viabilidade técnica e ambiental do projeto Aracatu II, no litoral do Espírito Santo (em conjunto com o projeto Aracatu I, no litoral do RJ) – com capacidade total de geração de 4GW.
Na última semana, a companhia encaminhou, junto ao órgão ambiental, pedido para iniciar o processo de licenciamento de 10 áreas no mar brasileiro destinadas ao desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore.
Desse total, duas áreas estão no Sudeste (uma no Espírito Santo e outra no Rio de Janeiro), sete na região Nordeste (três no Rio Grande do Norte, três no Ceará e uma no Maranhão); e uma no Sul do país (no Rio Grande do Sul). Somadas, essas áreas que serão avaliadas, têm um potencial para o desenvolvimento de projetos eólicos offshore com capacidade total de 23 GW.
O pedido de início de licenciamento é uma sinalização de interesse da Petrobras para o desenvolvimento de projetos próprios, além dos projetos em parceria, a exemplo das áreas que estão sendo estudadas em conjunto com a Equinor.
A Petrobras investe ainda R$ 59 milhões em nove projetos de responsabilidade socioambiental no estado (sendo quatro ambientais e cinco sociais), com treze municípios atendidos.
Aniversário do início da produção de pré-sal
A cerimônia que marcou o aniversário de 15 anos do início da produção de pré-sal no campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos, reuniu, no edifício-sede da Petrobras de Vitória (ES), o presidente da companhia Jean Paul Prates; os diretores executivos de Exploração e Produção, Joelson Mendes; Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sérgio Caetano Leite e a gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção do Espírito Santo, Eduarda Lacerda.
Também estiveram presentes o governador em exercício do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, além de representantes sindicais, da sociedade e do poder público.
A produção do pré-sal brasileiro começou em setembro de 2008, no Espírito Santo, com a plataforma P-34. Ela já operava no pós-sal e foi adaptada para produzir o primeiro óleo do pré-sal, no campo de Jubarte.
Hoje, além da produção em pós-sal com a P-57, esse campo continua produzindo no pré-sal com o FPSO Cidade de Anchieta e a P-58, uma das grandes unidades da Petrobras.
Do primeiro óleo até hoje, a produção do pré-sal se estendeu para a Bacia de Santos, e hoje são 31 plataformas atuando naquela camada, das quais 23 inteiramente dedicadas. Nessa evolução, o pré-sal responde hoje por 78% da produção brasileira – e por mais de 1/3 da produção da América Latina.
“O pré-sal é a prova da capacidade de superação do brasileiro, que não se entrega e vai à luta. É a síntese da jornada de inovação da Petrobras, que vem ultrapassando, ao longo de 70 anos de história, todo tipo de desafio e, ao mesmo tempo, entregando resultados surpreendentes. Se hoje o pré-sal responde por quase 80% da produção do país é porque nosso corpo técnico conseguiu transformar em realidade uma fronteira até então inexplorada – nas mais extremas condições geológicas, em águas ultraprofundas, a 300 km da costa”, resumiu Jean Paul Prates.