Ana Paula Nascimento Freitas, de 39 anos, é uma mulher batalhadora, mãe de seis filhos com idades que variam de 10 meses a 21 anos. Moradora do bairro de Boa Vista II, em Vila Velha, ela enfrenta diariamente o desafio de sustentar sua família com uma renda limitada.
Ana Paula recebe um auxílio financeiro de R$ 716 do Bolsa Família e mais R$ 300 de pensão. Com essa quantia, ela precisa pagar o aluguel, a conta de luz e o gás, além de garantir a alimentação e cuidados básicos para seus filhos.
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Para complementar a renda, Ana Paula atua como manicure, mas seu material de trabalho está quase esgotado.
“Sempre recebo doações, cestas básicas e fraldas para as crianças. Hoje, vou fazer as unhas de alguém, mas meu sonho é abrir um pequeno negócio para trabalhar, porque as doações acabam, mas o trabalho pode render mais”, desabafa Ana Paula.
A situação de Ana Paula é um reflexo das dificuldades enfrentadas por muitas famílias brasileiras. Segundo o Inquérito Nacional sobre Segurança Alimentar, no Espírito Santo, mais de 300 mil pessoas vivem em insegurança alimentar grave.
Em todo o Brasil, mais de 33 milhões de brasileiros passam por situações de insegurança alimentar em todo o país.
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Diante desse cenário alarmante, o governo federal lançou, nesta quinta-feira (31) um novo programa com o objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas até 2030.
O programa, denominado “Brasil sem Fome”, contempla 80 ações que envolvem políticas públicas para combater a fome e a miséria.
Uma das principais características do programa é o monitoramento mensal das regiões mais vulneráveis, que direcionará as ações federais de combate à fome, integrando-as com serviços de assistência social e saúde.
A ideia é identificar casos de desnutrição e encaminhar as famílias afetadas para serviços de combate à insegurança alimentar.
Embora ainda não haja detalhes de como o programa será aplicado no Espírito Santo, o governo do Estado ressaltou que já possui iniciativas próprias de combate à pobreza, como o Bolsa Capixaba, que oferece auxílio de até R$ 600 por família.