Como a gestão de capital de giro mantém suas finanças saudáveis
Pense nisso como o dinheiro que você precisa para comprar coisas para o seu negócio, como matéria-prima ou produtos para vender
*Artigo escrito por Luiz Carlos França Junior, empresário, especialista em Finanças Corporativas e Valuation, vice-presidente do Ibef Academy e Membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Finanças do Ibef-ES.
Você já ouviu falar em gestão de capital de giro? É um assunto importante para qualquer negócio, grande ou pequeno.
Basicamente, é sobre manter o equilíbrio certo entre o dinheiro que você tem e o que você precisa para manter o seu negócio funcionando.
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Então, por que isso é tão importante? Bem, pense nisso como o dinheiro que você precisa para comprar coisas para o seu negócio, como matéria-prima ou produtos para vender.
É também o dinheiro que você espera receber das vendas que faz. Equilibrar é fundamental para manter tudo fluindo sem problemas.
Como você faz isso na prática? Vamos dar uma olhada em alguns pontos simples que você pode fazer:
Estoque: é sobre ter a quantidade certa de produtos em mãos. Se você tem muito estoque, está amarrando dinheiro que poderia ser usado para outras demandas. Se você tem muito pouco, pode perder vendas. Encontrar o equilíbrio certo é a chave.
Contas a receber: isso é sobre garantir que você seja pago pelos itens que vendeu. Quanto mais rápido você receber o dinheiro, melhor para o seu negócio.
Pode ser tentador dar crédito aos clientes, mas isso pode atrasar o pagamento e causar problemas de caixa.
Contas a pagar: assim como você quer ser pago rapidamente, é importante não deixar suas próprias contas vencerem cedo demais.
Negociar prazos de pagamento mais longos com fornecedores pode ajudar a liberar um pouco de caixa.
Então, como você pode implementar esses pontos? Bem, é sobre ter boas práticas. Por exemplo, manter um olho próximo no seu estoque e ajustá-lo conforme necessário.
Ficar em cima das suas contas a receber, enviando lembretes amigáveis aos clientes que estão atrasados. E quando se trata de pagar as suas próprias contas, é sobre ser justo, mas também ser inteligente sobre quando e como você paga.
Você pode estar se perguntando como calcular o capital de giro para o seu próprio negócio.
A boa notícia é que não é tão complicado quanto parece. A fórmula básica é subtrair os Passivos Circulantes dos Ativos Circulantes. Mas o que isso significa na prática?
Bem, os Ativos Circulantes são os recursos que sua empresa possui e que podem ser convertidos em dinheiro dentro de um ano. Isso inclui coisas como dinheiro em caixa, estoque que você pode vender e contas que seus clientes devem pagar a você.
Por outro lado, os Passivos Circulantes são as dívidas e obrigações financeiras que você precisa pagar dentro de um ano, como contas a fornecedores e empréstimos de curto prazo.
Então, para calcular seu capital de giro, você simplesmente subtrai o total dos Passivos Circulantes do total dos Ativos Circulantes.
Isso lhe dá uma ideia clara de quanto dinheiro você tem disponível para financiar suas operações diárias.
Quanto maior o número resultante, melhor, pois significa que você tem mais liquidez e menos dependência de fontes externas de financiamento.
É importante acompanhar regularmente essa métrica para garantir que sua empresa tenha um capital de giro saudável.
Se você perceber que está ficando baixo, pode ser um sinal de que precisa ajustar suas práticas de gestão de caixa ou procurar maneiras de aumentar suas fontes de financiamento de curto prazo.
Lembre-se de que a tecnologia pode ser sua aliada. Existem muitas ferramentas, softwares, consultorias e terceirizações financeiras por aí que podem ajudá-lo a gerenciar suas finanças de forma mais eficaz.
A gestão de capital de giro não precisa ser complicada. É sobre encontrar o equilíbrio certo entre o dinheiro que você tem e o que você precisa para manter seu negócio funcionando sem problemas.
Com práticas sólidas e um pouco de ajuda da tecnologia, você pode manter suas finanças em boa forma e seu negócio prosperando.
*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo