Economia

Bancos terão novas regras para Pix em novembro; saiba tudo e veja mudanças

As novas regras serão instaladas com o objetivo de aumentar a segurança e reduzir o número de golpes e fraudes; veja quais são

Kayra Miranda

Redação Folha Vitória
Foto: Marcelo Casal jr/ Agência Brasil

Desde sua criação em 2020, o PIX revolucionou o sistema de pagamentos no Brasil, tornando-se uma das ferramentas mais utilizadas para transações financeiras, seja para pagamento de contas, compras ou transferências bancárias. Com sua agilidade e praticidade, o PIX rapidamente conquistou os brasileiros, facilitando a movimentação de dinheiro em tempo real. 

No entanto, a partir de 1º de novembro de 2024, o Banco Central implementará novas regras para o uso do PIX em dispositivos móveis, com o objetivo de aumentar a segurança e reduzir o número de golpes e fraudes.

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Essas mudanças impactarão diretamente todos os usuários que realizam transações via PIX pelo celular, impondo novos limites e medidas de segurança. Com o crescente número de fraudes, a necessidade de ajustes no sistema se tornou evidente, e essas novas regras visam proteger os consumidores, sem comprometer a conveniência que o PIX oferece.

Saiba quais são as novas regras

A partir de 1º de novembro, os brasileiros que utilizam o PIX pelo celular precisarão se adaptar às novas restrições. Uma das principais alterações será a limitação do valor das transações realizadas por dispositivos não cadastrados, ou seja, aqueles que não foram previamente autorizados pelo banco do usuário.

Se um usuário tentar acessar o PIX de um celular ou computador que não está cadastrado em sua conta bancária, o valor das transferências será limitado a R$200. Essa medida visa dificultar a ação de criminosos que tentam acessar contas bancárias de dispositivos não autorizados. Portanto, é crucial que os usuários cadastrem seus aparelhos junto ao banco para garantir que possam realizar transações sem restrições significativas.

Além disso, qualquer mudança de aparelho celular também acarretará limitações temporárias. Para quem adquire um novo smartphone e ainda não o cadastrou em sua conta bancária, o limite diário de transações via PIX será de R$1.000. Essa limitação visa impedir que criminosos utilizem dispositivos novos ou roubados para realizar grandes transações em nome de outra pessoa.

Como cadastrar os dispositivos

Com essas novas regras, o cadastro dos dispositivos móveis se torna uma etapa essencial para o uso pleno do PIX. Se um aparelho não estiver cadastrado, o usuário enfrentará restrições mais rígidas no valor das transações. Portanto, para evitar transtornos, é fundamental que todos os usuários façam o registro de seus smartphones ou computadores diretamente com suas instituições financeiras.

Esse cadastro deve ser realizado na própria agência bancária, por meio dos aplicativos dos bancos ou no Internet Banking, dependendo da política de cada instituição. A medida pode parecer um pouco inconveniente para alguns, mas seu objetivo é garantir uma camada extra de proteção contra fraudes, garantindo que somente dispositivos autorizados possam realizar transações de maior valor.

Mas porque novas regras? 

As novas medidas têm como principal objetivo dificultar a ação de golpistas e criminosos que tentam explorar o PIX para fins ilícitos. Com o aumento significativo no número de fraudes bancárias nos últimos anos, o Banco Central identificou a necessidade de implementar controles mais rigorosos, sem comprometer a acessibilidade e a praticidade da ferramenta.

Além de limitar o valor das transações, os bancos também poderão utilizar as informações de segurança armazenadas no Banco Central para identificar atividades suspeitas. Isso significa que, se um comportamento fora do padrão for detectado em uma conta, a instituição financeira poderá intervir para evitar que o cliente seja vítima de um golpe.

Essas medidas se somam a outras já implementadas anteriormente, como o bloqueio preventivo de recursos em casos de suspeita de fraude. Com essas novas regras, a expectativa é que o número de crimes envolvendo o PIX diminua, protegendo tanto os consumidores quanto as instituições financeiras.

PIX sem chave cadastrada

O PIX é amplamente conhecido pelo seu sistema de chaves, que funciona como uma espécie de identidade digital do usuário. Essas chaves podem ser o CPF, número de telefone, e-mail ou até mesmo uma chave aleatória gerada pelo sistema. Com elas, fica muito mais fácil e rápido realizar transações, pois o pagador só precisa saber a chave do destinatário para transferir o dinheiro em questão de segundos.

No entanto, muitos brasileiros ainda não possuem chaves cadastradas no sistema. Nesses casos, o usuário ainda pode receber transferências via PIX utilizando os dados bancários tradicionais, como número da conta e agência. 

Embora essa alternativa continue válida, o uso de chaves PIX é altamente recomendado, pois além de simplificar o processo de transferência, adiciona uma camada extra de segurança ao identificar claramente o destinatário.

Proteção contra fraudes e golpes

O crescimento do PIX também trouxe consigo um aumento no número de fraudes e golpes, levando o Banco Central a intensificar as medidas de segurança. Os criminosos têm utilizado diversas técnicas para enganar os usuários e acessar suas contas bancárias, como golpes de phishing, clonagem de dispositivos e até sequestros-relâmpago.

Com a limitação de transações por dispositivos não cadastrados e o monitoramento de atividades suspeitas, as novas regras tornam mais difícil para os golpistas agirem de maneira eficaz. O Banco Central e as instituições financeiras continuam trabalhando em conjunto para identificar e combater essas ameaças, garantindo que o PIX permaneça uma ferramenta segura e confiável.

Influencer é impedida de criar conta em banco por ser bonita demais

Foto: Divulgação/ Internet

A influencer Eduarda Jochims, de 29 anos, ficou perplexa ao descobrir que seu cadastro para abrir uma conta bancária por aplicativo foi recusado. A surpresa maior veio ao descobrir o motivo inusitado: durante o processo de reconhecimento facial, sua aparência foi erroneamente identificada como uma imagem gerada por inteligência artificial.

"Achei estranho porque não tenho restrição, meu nome está limpo. Quando liguei para o banco descobri que o sistema achou que a foto foi gerada por inteligência artificial. A atendente ainda brincou que era bonita demais para ser verdade. Cai na risada", conta Eduarda. "Achei que fosse alguma brincadeira ou golpe, mas era real. Tentei outras duas vezes e foi negado. Fiquei sem abrir a conta", relata.

Eduarda já havia enfrentado problemas semelhantes antes. Ao perder a sua antiga conta no Instagram, a rede social também solicitou uma selfie para comprovar sua identidade, mas a foto foi rejeitada. "Perdi a conta para sempre. Chegou uma notificação dizendo que se tratava de inteligência artificial. Mas não era. Nunca imaginei que a minha aparência pudesse causar transtornos assim", desabafa.

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