ARTIGO IBEF

Futebol sustentável: confira exemplos no Brasil e no mundo

Este é o futuro ao qual o esporte também deve estar adaptado e vem ao encontro do ESG, tendência das empresas frente aos desafios da sociedade contemporânea

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Foto: Freepik
*Artigo escrito por Eric Alves Azeredo, professor, executivo, advogado, CEO da AZRD e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Empreendedorismo e Gestão do IBEF-ES.

A palavra sustentabilidade surgiu pela primeira vez durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na Suécia, no ano de 1972. 

Desde então, a população mundial passou a se preocupar de forma direta com tudo aquilo que poderia resultar em danos ao meio ambiente. 

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Essa preocupação gerou uma consciência coletiva que foi gradativamente crescendo e hoje faz parte da grande maioria da população mundial. 

No futebol, essa consciência também vem tomando conta dos principais clubes do país, como foi o caso do Fortaleza Esporte Clube. 

Fundado há mais de 100 anos, o clube foi o primeiro a se alinhar aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e instituiu, em 2021, o For All. 

No ano seguinte, como parte desse projeto, o clube lançou o programa Gols Verdes, com a proposta de plantar ou distribuir entre os torcedores uma muda de árvore e uma cartilha de Educação Ambiental a cada gol marcado pela equipe. 

Somente no Centro de Treinamento do clube foram plantadas 50 árvores no ano de 2023.

Outros clubes brasileiros também seguiram o mesmo exemplo. O Coritiba Foot Ball Club lançou em 2022 o programa “Nossa Identidade Verde”, que trata e gerencia os resíduos gerados no Estádio Couto Pereira e no seu Centro de Treinamento, localizado na cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba. 

O Goiás Esporte Clube e a 5G Energia Solar, empresa líder em soluções de energia limpa e renovável, firmaram parceria para fornecer energia solar em todas as instalações do clube. 

De acordo com o contrato firmado entre as partes, ao final da parceria, 50 % do complexo onde está localizado o estádio Hailé Pinheiro, também conhecido como estádio da Serrinha, serão abastecidos com energia solar.

Os clubes brasileiros, embora tardiamente, procuram seguir o exemplo do Forest Green Rovers, clube fundado em 1889 e que atualmente disputa a League Two, 4ª divisão da Inglaterra. 

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Fédération Internationale de Football Association (FIFA) como o clube mais ecológico do mundo e único com certificado de neutralidade de emissões de carbono. 

Com sede em Gloucestershire, ele inclui diversas medidas ecológicas implantadas desde 2010. 

Toda a energia das instalações do clube é gerada por fontes limpas e o gramado, 100% orgânico, é irrigado com água coletada da chuva. Eventuais ervas daninhas são retiradas com as mãos, sem uso de produtos químicos. 

Veículos elétricos transportam o material dos jogadores nos dias de jogo e, além de todas essas ações adotadas pelo clube, a grande meta para um futuro próximo é a construção de um estádio com capacidade para 9 mil pessoas totalmente feito de madeira. 

Enfim, este é o futuro ao qual o esporte também deve estar adaptado e vem ao encontro do Environmental Social and Governance (ESG), tendência das empresas frente aos desafios da sociedade contemporânea.

*Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo