Economia

Artigo IBEF-ES | ESG, além do ambiental

*Artigo escrito por José Carlos Buffon Junior, líder de finanças públicas do CQC do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do ES (IBEF-ES)

Foto: Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios

*Artigo escrito por José Carlos Buffon Junior, líder de finanças públicas do CQC do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do ES (IBEF-ES) 

Acontece neste mês de novembro a 27ª Conferência do Clima das Organizações Unidas, a COP 27, na cidade de Sham el-Sheikh à beira do Mar Vermelho no Egito. Esse encontro reúne os principais líderes de países, entidades do terceiro setor e dirigentes de empresas de todo o mundo.

Nessa edição os participantes têm como objetivo principal buscar soluções para minimizar os impactos no clima e alcançar a neutralidade de carbono, alvo traçado na última edição do evento.

Essa é a conferência mais importante do mundo quando se trata de meio ambiente e mudanças climáticas, sendo organizado pela ONU desde 1995 com o objetivo de discutir ações de enfrentamento ao desafio global das mudanças climáticas.

Contudo, outros eventos também acontecem ao longo do ano, que além de discutir a causa ambiental, também buscam soluções globais para um desenvolvimento socialmente sustentável, sendo eles o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos na Suíça e o Fórum Internacional de Investimentos, realizado na Arábia Saudita.

Esses dois últimos Fóruns além de discutir as mudanças climáticas, tratam uma visão mais abrangente de desenvolvimento, se preocupando também com a governança corporativa e a causa social. Esse tripé: Ambiental, Social e Governança Corporativa ficou conhecido mundialmente pela sigla ESG (Environment, Social and Governance).

O ESG ganha cada vez mais espaço na economia mundial, governos, sistema financeiro, consumidores e entidades do terceiro setor cobram cada dia mais das empresas a adoção de práticas ambientais e socialmente sustáveis, além de uma governança que respeite as normas vigentes e a ética.

O Brasil pode se beneficiar grandemente desse “novo mercado”, principalmente pelas possibilidades de exploração sustentável de nossas florestas e pelo nosso potencial de exploração de energias renováveis, como eólicas e solar.

Entretanto, para surfar nesta nova onda, nossos governantes não podem basear as decisões em políticas ambientais dogmáticas e radicais, ao contrário, teremos que buscar uma melhoria em nossa governança (tanto privada como estatal) e tomar decisões que levam em consideração o desenvolvimento econômico, social e ambientalmente sustentáveis.