Economia

Dólar recua ante rivais após novas ameaças de tarifas e dado fraco dos EUA

Trump anunciou a retomada de tarifas contra Brasil a Argentina e dados econômicos fracos dos Estados Unidos

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar caiu ante moedas rivais nesta segunda-feira, após o presidente americano, Donald Trump, ter anunciado a retomada de tarifas contra Brasil a Argentina e dados econômicos fracos dos Estados Unidos.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar recuava a 108,98 ienes e a 0,8563 franco suíço. O euro, por sua vez, subia a US$ 1,1083 e a libra, a US$ 1,2948. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, terminou o dia em baixa de 1,00%, aos 97,856 pontos.

O dólar aprofundou a queda no final da manhã, depois da divulgação do Índice do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) para a indústria dos EUA, que caiu a 48,1 em novembro, ante previsão de alta a 49,4. Os investimentos em construção, por sua vez, recuaram 0,8% em outubro ante setembro, contrariando a projeção de alta de 0,5%.

Antes disso, Trump havia anunciado pelo Twitter a restauração de tarifas a importações de aço e alumínio do Brasil e da Argentina, alegando que os dois países "vêm promovendo maciça desvalorização" de suas moedas.

A Pantheon, no entanto, ressalta que "as depreciações do real e do peso argentino foram impulsionadas principalmente por fatores domésticos e a guerra comercial entre EUA e China". "O momento das tarifas é estranho e um sinal de que a guerra comercial está longe de terminar", acrescenta a consultoria.

O peso argentino reagiu às declarações e desvalorizou ante a moeda americana, embora o movimento não tenha sido acentuado devido a medidas do Banco Central da República Argentina (BCRA) para restringir os movimentos do câmbio. No final da tarde em Nova York, o dólar avançava a 59,9889 pesos argentinos.

Também no final da tarde, o líder da Casa Branca voltou a criticar o Reserve (Fed, o banco central americano) e disse que a postura da autoridade monetária mantém o dólar forte e prejudica a indústria americana.

Já Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) anunciou um processo para avaliar a elevação de tarifas a produtos da União Europeia, após a Organização Mundial do Comércio (OMC) ter rejeitado as últimas apelações do bloco no caso dos subsídios à fabricante de aviões Airbus.

Ante outras divisas emergentes, o dólar recuava a 19,5797 pesos mexicanos e a 14,5677 rands sul-africanos.

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