Reforma da Previdência impulsiona o modelo privado complementar
A adesão de participantes ainda é baixa, mas o número chegou a 13,3 milhões no, valor maior que os 13,2 milhões de 2018
Depois da aprovação do texto da reforma da Previdência, houve crescimento do mercado de previdência privada complementar no terceiro trimestre de 2019. O texto passou pelos deputados em 7 de agosto e, em 23 de outubro, pelo plenário do Senado. Novas contribuições somaram R$ 34,2 bilhões de julho, agosto e setembro de 2019, valor 35,4% maior que o verificado em igual período do ano anterior, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), entidade nacional que representa 67 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no Brasil.
A adesão de participantes ainda é baixa, mas o número chegou a 13,3 milhões no, valor maior que os 13,2 milhões de 2018. Isso representa que 12,1% da população brasileira ativa tem plano de previdência privada. Um dos motivos é que a redução da renda do trabalhador influencia o mercado.
“As contribuições cresceram e apresentaram uma recuperação consistente em relação ao terceiro trimestre de 2018. Já o aumento da base de participantes avança mais lentamente e depende da melhora dos indicadores de emprego e renda”, diz Jorge Nasser, presidente da FenaPrevi.
As informações da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) apresentam que a arrecadação dos planos de previdência subiu 17,6% nos 10 primeiros meses deste ano em relação a 2018. Os números mudaram: de 85.536,14, em 2018, para 100.617,09, de janeiro a outubro de 2019.
"De uma forma geral, no cenário econômico, os indicadores de atividade mais recentes mostram que a economia voltou a crescer com um pouco mais de vigor nos últimos meses e o setor segurador certamente tem se beneficiado disso. O setor passou a crescer a taxas reais cada vez mais altas desde então", afirma Marcio Serôa de Araujo Coriolano, presidente da CNseg.
De janeiro a setembro de 2019, os planos VGBL lideraram os novos depósitos com 91,9% dos aportes realizados no período. Já os planos PGBL responderam por 7,4% dos novos ingressos no mês, e 0,7% restante dos depósitos foi enviado para planos tradicionais, não mais comercializados pelas seguradoras.
Como investir?
Quem não quer aumentar o tempo no mercado de trabalho, pode recorrer a diversas formas de investimento. As aplicações variam de acordo com o perfil e idade dos interessados em passar os últimos anos da vida sem contar com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
“Guardar dinheiro é questão de hábito. Comece com um pouco, depois vá aumentando na medida em que se adequar a este novo exercício, que lhe proporcionará segurança e oportunidades lá na frente”, afirma a superintendente de produtos da Brasilprevi, Sandro Bonfim, que criou um guia para orientar o investimento em previdência privada.
Quem opta por planos de previdência privada precisa considerar a visão de longo prazo, dada a tributação diferenciada para o participante.
*Com informações do portal R7