Economia

Investigação apura fraude bilionária em empresa de roupas no ES e em SP

Segundo o MPES, com o esquema, o grupo teria acumulado uma dívida superior ao valor de R$ 2,5 bilhões. Um dos mandados foi cumprido em Colatina

Foto: Divulgação / MPES

Uma operação para desarticular um esquema de fraude fiscal bilionário em empresas do setor têxtil foi deflagrada nesta quarta-feira (06). As ações foram realizadas no Estado de São Paulo e também no município de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo.

Com o esquema fraudulento, o grupo teria acumulado uma dívida superior ao valor de R$ 2,5 bilhões. O número é referente a débitos de ICMS inscritos e ainda não inscritos em dívida ativa. As ações seriam praticadas contra o Espírito ainda serão objeto de análise e quantificação.

Segundo o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), o esquema de fraude apurado no âmbito da Operação Vênus era realizado por um grupo que atua no comércio de vestuário. O grupo possui renomadas marcas de grifes e conta com mais de 200 lojas próprias espalhadas por todo o território do país.

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No total, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão em empresas, escritórios e residências de suspeitos. As ações acontecem nos municípios paulistas de São Paulo, Santo André, Guarulhos, Jundiaí e em Campinas, além de Colatina.

Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo, no contexto de uma investigação conduzida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de São Paulo.

Crimes incluem sonegação fiscal e supressão de tributos 

Segundo o MPES, além da sonegação fiscal e indevida supressão de tributos, foram colhidos fortes indícios de implementação de um esquema de blindagem e ocultação patrimonial com uso de interpostas pessoas (“laranjas”). 

Também foram identificados offshores e cessões de bens e recebíveis em fraudes à execução, tudo de modo a garantir o esvaziamento da cobrança e a proteção ilegítima das riquezas do grupo, avolumadas em grande parte às custas do erário.

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Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtor Web
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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória