Economia

Dólar, inflação e Selic: O trio que pesa mas cria oportunidades

Preços, financiamentos e custo de vida ficam mais caros, em compensação, o investimento certo pode render excelentes retornos

Foto: Divulgação

Érico Colodeti Filho

Especialista em investimentos, professor universitário e apresentador do “Me Tira do Perrengue”

Na última reunião do ano, nesta quarta 11 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um aumento expressivo na taxa Selic, que agora está em 12,25% ao ano, após uma alta de 1 ponto percentual. E o ciclo de juros não para por aí. O Banco Central já sinalizou novas elevações de 1 ponto percentual nas duas primeiras reuniões de 2025, projetando a Selic para 14,25% no primeiro semestre.

Por que a Selic está subindo tanto?

A inflação elevada continua sendo a principal preocupação. Pressionado pelo dólar em alta e por um pacote fiscal ainda aquém das expectativas para estabilizar as contas públicas, o Banco Central está ágil para conter a escalada dos preços. A estratégia de elevação dos juros busca desaquecer a economia e ancorar as expectativas inflacionárias para 2025, evitando que a inflação fuja ainda mais da meta.

E o câmbio?

Além da Selic, o Banco Central está de olho no dólar. Com o câmbio em patamares elevados, o impacto inflacionário nos preços dos produtos importados é significativo. Para aliviar essa pressão, o BC pretende realizar leilões de dólares no mercado, uma medida que pode ajudar a reduzir a volatilidade cambial e criar um cenário mais previsível tanto para consumidores quanto para empresas.

Como isso afeta o consumidor e o investidor?

Para os consumidores, o cenário é exigente: juros mais altos tornam o crédito mais caro e dificultam o financiamento de bens e serviços. A pressão nos custos de vida segue intensa, especialmente para quem já enfrenta orçamentos apertados.

Por outro lado, os investidores encontram oportunidades interessantes. Títulos de renda fixa, como o Tesouro Selic e papéis atrelados ao CDI, oferecem retornos elevados e são ótimas alternativas em um ambiente de juros altos.

O que fazer diante desse cenário?

A previsão de uma Selic a 14,25% reforça a necessidade de planejamento financeiro. Para os consumidores, é hora de priorizar a redução de dívidas e manter um controle rigoroso dos gastos. Para os investidores, o momento é revisar carteiras e aproveitar as oportunidades de renda fixa, sempre considerando o equilíbrio entre segurança e rentabilidade.

O cenário pode ser desafiador, mas com as estratégias certas, é possível transformar obstáculos em oportunidades. Conte com especialistas para ajudar.

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Érico Colodeti Filho é especialista em investimentos, professor universitário e apresentador do “Me Tira do Perrengue”