Entenda por que Vitória é a melhor cidade do ES para as empresas
A Capital ficou acima da média estadual por mais de dois pontos percentuais em indicador que avalia ambiente de negócio nas cidades
Pelo quarto ano seguido, a cidade de Vitória disparou em relação as demais da Região Metropolitana no Indicador de Ambiente de Negócios (IAN), realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
No indicador, foram avaliados: Infraestrutura, Potencial de Mercado, Capital Humano e Gestão Pública. Isso significa que, em 2024, a Capital foi avaliada como a melhor entre os municípios do Espírito Santo quando o assunto é atrair empresas e investimentos, pelo cultivo de um bom ambiente de negócios.
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O índice leva em conta condições urbanas, transporte, segurança pública, educação, saúde, qualificação da mão de obra, acesso ao crédito, diversidade setorial, inovação, tamanho do mercado, processos burocráticos e gestão fiscal.
Para avaliar o desempenho dos municípios, é dada uma pontuação para cada um dos eixos e das categorias, que geraram uma pontuação única para o IAN, que vai de 0 a 10 pontos.
O crescimento do índice em Vitória está em sintonia com que acontece por todo o Estado. Entre 2019 e 2024, a taxa de crescimento anual do IAN-Findes foi de 4,9%, considerando os 78 municípios capixabas.
Neste ano, portanto, os números são promissores: os municípios do Estado chegaram a 5,21 no Indicador e Vitória ficou acima da média estadual por mais de dois pontos percentuais, com 7,8.
No recorte com as demais cidades da Grande Vitória, a Capital possui larga diferença. Confira abaixo:
Para Paulo Baraona, presidente da Findes, o indicador permite conhecer o cenário no Espírito Santo para aprimorar onde precisa e apostar nas regiões promissoras.
"Esse trabalho do IAN é extremamente importante para a sociedade como um todo: a sociedade, os gestores públicos e os empresários, porque mostra as dificuldades e as oportunidades. É uma ferramente que mostra a real situação dos nossos municípios e uma visão de como investir na cidade. É um plano geral do que o município tem para oferecer. Oportunidade é o que precisamos no nosso Estado", explicou.
Quem aposta em Vitória como região promissora é a empresária Cami Christofaro, paulistana que trabalhava no mercado financeiro em São Paulo, mas decidiu mudar o estilo de vida e trabalhar com a saúde após adoecer mentalmente.
Ela se casou com um capixaba e se mudou para o Espírito Santo, onde mora há 15 anos e tem duas filhas, e abriu um estúdio de ciclismo indoor na Praia do Canto, que faz parte de uma rede, a Velocity.
"A Velocity traduz para mim o que eu fazia há anos trabalhando com a saúde integrativa, que é o cuidado com o corpo, a mente e o espirito. Essa aula, nesses 45 minutos, você consegue fazer essa junção. É deixar seus pensamentos desligarem, fazer atividades físicas, com uma queima calórica grande, e também se divertir, se conectar com as pessoas", explicou.
Segundo a empresária, a própria franquia realizou um estudo e identificou que Vitória é uma capital promissora para os investimentos, inclusive em comparação com grandes capitais pelo Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro.
"Eu escolhi Vitória para os meus negócios e, em termos burocráticos, foi bem tranquilo, não tive nenhum entrave. A renda per capita da população permite o fluxo do negócio. A própria franquia fez um estudo de geolocalização e identificou que Vitória é uma área superquente e Isso tem se confirmado nos nossos três meses de operação", contou.
Também é o caso da Denize Nascimento, empresária no ramo do e-commerce que vende produtos de beleza, com a empresa Nativa. Ela destaca que a facilidade de logística em Vitória permite com que o negócio, que já está há oito anos no mercado, prospere ainda mais.
"A nossa capital nos possibilita a facilidade logística. Temos, aqui, grandes empresas de logística, e como a minha marca é exclusiva para internet, o aeroporto e o porto facilita muito o nosso trabalho. Estamos localizados em Vitória, mas vendemos para o Brasil todo e ainda mais para o Rio de Janeiro e São Paulo. Também fazemos envios para os Estados Unidos e estamos com outros planos de exportação", contou.
No eixo de Gestão Pública, Vitória atingiu 8,37 pontos, mantendo-se em primeiro lugar. A receita per capita avançou para R$ 10.351,63, enquanto a receita própria cresceu para 0,97, de acordo com o Indicador.
Para abrir uma empresa em Vitória, são necessários três dias. Antes, eram pouco mais de dois meses para o processo ser finalizado, segundo o secretário municipal de Gestão e Planejamento da Capital, Regis Mattos. Ele destaca a importância do papel da gestão pública para manter um bom ambiente de negócios.
"O eixo de gestão pública diz, principalmente, sobre as ações do município para aprimorar o ambiente de negócios. Por exemplo, o tempo de abertura de empresas em 2020 era de 62 dias, hoje são de três dias. Mas não só isso, Vitória é o primeiro em educação, saúde, segurança pública... todas essas áreas que dizem respeito sobre as ações da Prefeitura de Vitória tem tido desempenhos importantes, permitem com que a cidade tenha hoje o melhor ambiente de negócios do Espírito Santo", disse.
Em 2024, a Capital teve 12.681 empresas abertas e, atualmente, tem 41 mil empresas ativas, segundo a Prefeitura. O secretário destaca, ainda, os empregos gerados nos últimos quatro anos.
"O município tem um ambiente favorável para os empreendimentos, para que as empresas se estabeleçam e se desenvolvam. Isso gera mais oportunidades para a população. Vitória, nos últimos quatro anos, gerou 27.833 empregos com carteira assinada, quase 7 mil empregos gerados por ano", explicou.
O Indicador realizado pela Findes nos municípios capixabas pode ser conferido neste link.