Sul do ES

Obras no Porto Central vão abrir mais de 1,6 mil vagas de emprego

Cerca de 1.295 pessoas já foram empregadas e mais trabalhadores serão contratados. As obras devem terminar em 2027, quando começam as operações

Leiri Santana

Redação Folha Vitória
Foto: divulgação Porto Central
Área de compensação florestal

As obras da primeira fase do Porto Central, em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo, terão início neste mês de dezembro e mais de 1.600 vagas de emprego, diretas e indiretas, vão ser abertas. 

No auge das obras da Fase 1, as contratações têm foco em mão de obra local, com uma meta de 70%.

LEIA TAMBÉM:

Empresários capixabas investem meio milhão de reais para construir primeiro ‘surfpark’ do Espírito Santo

13º salário: INSS inicia pagamento de novos segurados que recebem mais que o piso

Feira de logística no ES deve gerar R$ 50 milhões em negócios

“Estamos priorizando fornecedores e trabalhadores das áreas de influência do porto e desencorajando fortemente que pessoas de outras regiões migrem em busca de oportunidades”, ressaltou a equipe do empreendimento.

Cerca de 1.295 pessoas já foram empregadas para o planejamento do projeto. No total, considerando o porto já em funcionamento, mais de 4.200 trabalhadores devem ser contratados.

Os candidatos que se interessarem em participar dos processos seletivos da empresa, já podem fazer o cadastro diretamente no site da Porto Central.

Primeira fase do Porto Central

Foto: divulgação Porto Central

A fase inicial está prevista para terminar em dezembro de 2027, data que também começam as operações. Segundo Jessica Chan, gerente comercial do Porto, as primeiras operações serão para o transbordo de petróleo.

Essa operação consiste na transferência do produto por meio de mangotes (mangueiras especialmente fabricadas para escoamento de líquidos viscosos), entre dois navios atracados.

Com uma área de 2.000 hectares, cerca de 100 estádios do Maracanã, o Porto possui profundidades marítimas de até 25 metros, e 54 berços destinados a operações que vão além do setor de petróleo e derivados. 

O projeto foi planejado para acomodar terminais e indústrias multipropósitos, incluindo movimentação e armazenagem de granéis líquidos (como bunker e combustíveis), granéis sólidos, grãos, fertilizantes, minerais, contêineres, cargas gerais, gás natural, apoio offshore e estaleiros.

Confira no vídeo como será o início das obras:

Jéssica Chan, gerente comercial, afirmou que o Porto foi pensando para ir além das demandas de granéis líquidos (produtos como água, combustível (petróleo, diesel, etanol e gasolina), óleos vegetais e sucos):

"O Porto Central já planeja os próximos passos para se firmar como um polo estratégico no setor portuário brasileiro. Além do transbordo de petróleo previsto na Fase 1, o porto está preparado e licenciado para futuras expansões e diversificação de operações. Estamos avançando em negociações e estudos técnicos para novos terminais, incluindo um estaleiro para descomissionamento e reciclagem sustentável de navios, em parceria com a M.A.R.S, e um hub de contêineres com capacidade para receber embarcações de até 25.000 TEUs", explicou Chan.

Diferenciais e impactos do projeto

Foto: divulgação Porto Central

Entre os diferencias do Porto Central, estão: a combinação de águas profundas, que permitem a atracação de grandes navios com redução nos custos logísticos para cargas como contêineres, fertilizantes, grãos e granéis líquidos, com uma localização estratégica na costa leste do Brasil, próxima aos principais centros de produção e consumo.

Outro diferencial do Porto, é sua integração com a malha logística nacional. Além do modal rodoviário já consolidado, existem projetos para conectar o porto à Ferrovia EF-118, que ligará o Espírito Santo ao Centro-Oeste com as ferrovias existentes EFVM e FCA, e à EF-352, planejada para expandir as rotas de escoamento de cargas agrícolas e industriais.

Com enfoque na sustentabilidade, o Porto Central se posiciona como uma infraestrutura estratégica para integrar operações de energias renováveis, como parques solares e eólicas offshore, e para apoiar estratégias de descarbonização e transição energética, incluindo projetos ligados ao hidrogênio.

Totalmente licenciado pelo IBAMA, o projeto conta com cerca de 60 programas ambientais, que incluem ações como o resgate de fauna e flora e a criação de áreas de compensação florestal.





















marcando o ponto de partida para um complexo portuário estratégico para o Espírito Santo.

Empregos e impacto social

1.295 empregos diretos e até 4.200 ao longo do projeto, com prioridade para mão de obra local (70%).

Candidatos podem se inscrever por meio de site e e-mail oficial.

Futuro e potencial do Porto Central

Próximas fases visam expandir para um hub de contêineres, transporte de soja, milho e grãos, além de projetos de energia verde, como hidrogênio, após 2030.

Infraestrutura como terminais de minério e contêineres demandará altos investimentos e dragagem avançada.

Reconhecido como projeto estratégico nacional pelo Governo Federal, com apoio estadual e municipal.