Depois de ver a obra do restaurante giratório ser, cautelarmente, suspensa e ser obrigada a devolver R$ 9,5 milhões ao Serviço Social da Indústria, o Sesi, a Federação das Indústrias do Espírito Santo criou um grupo de trabalho que tem o objetivo de rever o projeto. A obra foi orçada, inicialmente, em R$ 10,7 milhões.
Segundo o superintendente corporativo da Findes, Marcelo Ferraz, o grupo terá a função de rever todo o projeto e seus respectivos valores.
“Esse grupo irá apontar as alternativas e identificar como vai viabilizar recursos para atender as determinações do Tribunal de Contas da União (TCU) e dar destino à obra”, explicou Marcelo Ferraz.
O TCU determinou a devolução de R$ 9,5 milhões ao Sesi, que é um dos condôminos (junto com o Senai e Findes) responsável pelas obras. O tribunal entendeu que houve desvio de finalidade na aplicação da verba que foi destinada à construção do restaurante.
Tomando por base o que aconteceu ao Sesi, o TCU determinou a suspensão cautelar da obra.
Segundo Marcelo Ferraz, no dia 22 de abril houve uma visita técnica, quando foi determinado que o Senai também não poderia mais fazer parte da licitação da obra. A decisão foi oficializada em plenário.
O novo responsável técnico terá de concluir o restante da obra, assim que o tribunal der o sinal verde e suspender a medida cautelar. Ainda restam 1.200 m₂ para concluir da obra que teve início em 2010.
“O projeto precisou ser refeito e fazer reforços estruturais. O restaurante anteriormente era muito flexível, mas causaria ao usuário final um certo desconforto com a vibração e a ação de ventos. O restaurante continua como no projeto inicial, ou seja, giratória. Mas a estrutura foi enrijecida, o que é um diferencial do projeto original. A obra tem um planejamento de que em 10 meses seja concluída. Mas tudo vai depender de decisão do mérito”, explicou Marcelo Ferraz.