Uma pesquisa feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), apontou que 87% dos brasileiros irão utilizar o 13º para pagar dívidas. Há dez anos, este percentual girava em torno de 64%.
De acordo com o levantamento, apenas 5% dos entrevistados afirmaram que vão usar o valor adicional de fim de ano para comprar presentes. Além disso, 2% responderam que pretendem guardar a quantia para as despesas tradicionais de início de ano, como IPVA e IPTU, principalmente e outros 2% vão poupar o dinheiro. Há ainda aqueles que pretendem investir em reforma ou compra da casa própria (1%) e os que já receberam o 13º como adiantamento ao longo do ano (3%).
Para o presidente do Instituto de Protesto-MG, Leandro Santos Patrício, o dinheiro extra é a oportunidade de começar 2020 sem estar no vermelho. “É um momento oportuno para saldar as dívidas antes do final do ano e poder aproveitar as promoções de natal e ano novo”, diz.
Bola de neve
Segundo a planejadora financeira Annalisa Dal Zotto, é importante não adotar linhas de crédito que possam fazer com que a pessoa entre numa bola de neve, como o cheque especial. “Porque o que é mais caro é o cheque especial, é o atraso da fatura do cartão, ou o parcelamento do cartão de crédito. Então vamos supor que a pessoa tenha um carro quitado, ela pode dar um carro em garantia”, conta.
“As linhas de credito vão aumentando os juros conforme aumenta o risco da empresa de não receber, essa é a teoria. Então, quando a gente dá um bem em garantia a gente financia a dívida. A taxa de juros despenca, ela é muito menor. Porque o risco de o banco não receber diminui. Porque ele tem um imóvel, ou um carro, enfim, para tomar caso o devedor não pague”, explica.
Fonte: Portal R7!