O número de inadimplentes do Estado cresceu 7,73% em agosto de 2015, em relação ao mesmo período do ano passado. O dado ficou acima da média nacional, que foi de 4,86%. O Espírito Santo, porém, foi o último Estado do Brasil maior aumento anual do número de devedores.
Já a quantidade de dívidas em atraso de moradores do Espírito Santo teve uma alta de 8,69%, também na comparação anual. A média nacional registrou crescimento de 6,28%. O Espírito Santo foi o Estado com o 24° maior aumento anual do número de dívidas em atraso.
Em agosto de 2015, cada consumidor inadimplente no Espírito Santo tinha em média 2,236 dívidas em atraso. O número ficou acima da média nacional registrada no mês (2,128 dívidas).
“A inflação muito acima do teto da meta, aliada ao desemprego crescente, tem afetado a capacidade de pagamento das famílias”, afirmou o presidente da CDL Vitória, Carlo Fornazier.
A entidade informou que, em agosto de 2015, 558,7 mil consumidores estavam com o nome no SPC no Estado. Em todo o país, o SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que, no mês passado, 57,3 milhões de consumidores estavam listados em cadastros de devedores inadimplentes por conta de pendências com atraso de pagamento.
O número representa cerca de 39% da população brasileira adulta, entre 18 e 95 anos. Ao longo do ano, 2,7 milhões de nomes foram incluídos nos cadastros de inadimplentes.
Segundo o gerente operacional da CDL Vitória, Geraldo Calenzani, para evitar dívidas, é importante que as pessoas fiquem atentas ao planejamento orçamentário familiar.
“É fundamental que o consumidor saiba exatamente a quantia que gasta e a que recebe mensalmente, para que possa se planejar. Para aqueles que já estão endividados, o melhor caminho é cortar gastos e procurar os credores para negociar o que estão devendo”, recomendou.
Contas de água e luz
De acordo com dados do SPC Brasil e da CNDL, a análise por setor credor mostrou, pelo quarto mês consecutivo, o segmento de água e luz como principal destaque em relação ao crescimento anual da inadimplência: as dívidas em atraso nesse setor cresceram 13,89%, bem acima da média geral de 6,28%.
Em segundo lugar, aparecem as dívidas de bancos, que avançaram 10,28% e têm participação de 48,61% do total de pendências no Brasil – no Sudeste sua representatividade é ainda mais expressiva, de 57,23%.