
Investir em vez de apenas poupar, diversificar fontes de renda, ler com frequência e focar objetivos de longo prazo: esses são alguns dos comportamentos comuns entre os milionários que você pode adotar na sua vida e começar a guardar dinheiro.
De acordo com especialistas em finanças, esses hábitos podem ser incorporados por qualquer pessoa que deseje construir estabilidade e independência financeira.
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Comportamentos como cercar-se de pessoas que agregam valor e conhecimento também se destacam entre os milionários.
Segundo consultores financeiros, o ambiente influencia diretamente as decisões econômicas – tanto nas escolhas de investimentos quanto na visão estratégica de carreira.
Especialistas em finanças pessoais destacam que as boas práticas são baseadas em disciplinas e visão de longo prazo, e não exigem uma grande quantia inicial para começar.
Veja os principais hábitos financeiros dos milionários
1. Investir dinheiro, e não apenas poupar
Diferente da simples economia de recursos, o investimento permite que o dinheiro trabalhe ao longo do tempo, gerando rendimentos. Aplicações em renda fixa, ações e fundos imobiliários são opções cada vez mais acessíveis para iniciantes.
De acordo com o assessor de investimentos e membro do Instituto Brasileiro de Executivo de Finanças (Ibef-ES), Marcel Lima, o investidor deve, primeiramente, criar uma reserva.
Não se deve investir a longo prazo sem antes criar um ‘colchão financeiro’ de curto prazo. Esse montante deve ter liquidez, deve render algo próximo de uma taxa chamada CDI (título emitido pelo banco) e apresentar baixo risco. A poupança, por exemplo, atende ao critério de liquidez e segurança, mas está longe de render CDI, afirma Marcel Lima.
Ele também recomenda que o investidor procure uma corretora de valores ou um banco com produtos que atendam aos critérios mencionados.
“Uma vez criada a reserva financeira, os novos aportes podem ser destinados a prazos mais longos, mas deve-se estar enquadrados ao perfil de cada investidor. Profissionais como os assessores de investimentos ou consultores financeiros podem ajudar bastante na tomada de decisão e na apresentação das possibilidades existentes no mercado”. completou Lima.
2. Ter múltiplas fontes de renda
Milionários costumam não depender apenas de um salário. Rendas extras podem vir de aluguéis, dividendos, negócios paralelos ou atividades autônomas. Essa diversificação protege contra imprevistos financeiros.
3. Leitura constante
Manter-se informado por meio de livros, notícias e estudos permite decisões mais embasadas. A educação financeira contínua é um fator que diferencia quem apenas ganha dinheiro de quem o mantém e multiplica.
Segundo Marcel Lima investir em conhecimento é sempre uma excelente prática: “No campo das finanças, conhecer os riscos envolvidos em cada produto, seu potencial de retorno e sua liquidez é fundamental para que as melhores decisões sejam tomadas”.
Assim, ele frisou que se informar por meio de livros, cursos e conteúdo digital é muito importante, porém é preciso ter cuidado, pois orientações sobre investimentos devem ser feitas por profissionais credenciados.
“Apenas eles estão submetidos à fiscalização de órgãos competentes, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central. Conteúdos online ajudam a ampliar os conhecimentos, mas não devem ser fonte de recomendação de investimentos”, completou Lima.
4. Rede de contatos estratégica
A convivência com pessoas que compartilham conhecimentos e experiências cria um ambiente favorável à troca de ideias e oportunidades. Essa rede de apoio pode ser crucial na hora de empreender ou investir.
5. Visão de longo prazo
Milionários tendem a priorizar ganhos sustentáveis no futuro em vez de resultados imediatos. Essa mentalidade favorece a construção de patrimônio sólido e duradouro.
Pequenas mudanças que podem fazer a diferença
O especialista recomenda começar com pequenas mudanças, como destinar parte da renda mensal a investimentos, buscar fontes alternativas de renda e incluir leitura financeira na rotina.
Marcel Lima afirma que cada pessoa tem seu próprio hábito de consumo e que isso diferencia nos montantes de gastos das áreas, assim não se existe uma forma definida de como e quanto poupar.
“Fato é que o controle das finanças passa pela medição das despesas. Sempre que desejarmos controlar algo, precisamos medir. Então, saber o quanto se gasta é fundamental para conseguirmos economizar e investir. Por fim, uma vez medidas as despesas, precisamos observar as contas e, a partir de então, poderemos perceber onde e como podemos economizar”, disse Lima.
Além disso, é possível participar de grupos de estudo, eventos e fóruns online para expandir a rede de contatos e obter diferentes visões de mercado.
Para quem deseja dar os primeiros passos, há diversos conteúdos gratuitos sobre finanças disponíveis em plataformas de vídeo, blogs especializados e cursos de educação financeira.