Economia

Pedra translúcida cai no gosto dos americanos e registra crescimento de 33% nas vendas

Apesar do crescimento, os números de vendas ainda são tímidos, na marca de US$ 18 milhões, dos quais US$ 16,8 milhões são destinados aos Estados Unidos

A pedra é de cores que variam do branco ao rosa e chega a ser translúcida Foto: ​Divulgação 

Dentre as rochas que fazem parte do portfólio de exportação do Brasil, os quartzitos caíram no gosto dos americanos e registraram um crescimento nas vendas de 33% de janeiro a julho deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.

A pedra, que chega a ser translúcida e de cores que variam do branco ao rosa, está fazendo sucesso e sendo muito usada como pela de decoração.

“Os quartzitos estão enchendo os olhos dos consumidores americanos, que são os principais compradores da rocha brasileira, e criando mais um mercado a ser explorado no exterior”, contou a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Olívia Tirello, ao lembrar que o material é mais fino e de dureza mais alta que o granito.

Apesar do crescimento, os números de vendas ainda são tímidos, na marca de US$ 18 milhões, dos quais US$ 16,8 milhões são destinados aos Estados Unidos, e, por isso, os quartzitos não chegam ainda a disputar espaço com os granitos exóticos, carro-chefe de vendas das empresas capixabas para o mercado americano.

Dados do Centrorochas apontam que de janeiro a julho deste ano as exportações capixabas fecharam em US$ 599,3 milhões, mesmo patamar do intervalo de 2014. 

Somente em julho as vendas tiveram uma alta de 2,78%, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Os Estados Unidos e o México registraram crescimento de 6,97% e 15,47% na compra de chapas de mármore e granito, respectivamente.

O Espírito Santo, principal parque beneficiador e exportador de rochas, continua com uma participação de mais de 90% nas vendas para o exterior de materiais manufaturados. O total exportado pelo Brasil no período analisado foi de US$ 744,2 milhões.

“O segmento caminha numa direção oposta aos itens da pauta exportadora capixaba, que são commodities e estão com baixo desempenho no mercado internacional. Isso se deve ao trabalho do empresariado, tanto na melhoria do parque fabril como na busca por novos mercados. Acredito que este ano as exportações fecharão positivas”, disse Tirello.