Há seis anos a contadora Rose Freitas decidiu agregar à sua formação acadêmica o faro de microempresária. Junto com o marido, Paulo Sérgio Freitas, percebeu o aumento da demanda por alimentos, mudou os rumos de um antigo negócio, de fabricação e comércio de roupas, e montou a fábrica de massa Rose do Pastel, sucesso nas feiras livres de Vila Velha e que já empresta seu talento culinário a duas casas de festa do município.
O desenvolvimento do potencial empreendedor de empresários como Rose, que há seis anos encanta as feiras de Aribiri, Santa Inês, Itapuã e Coqueiral de Itaparica com o seu pastel e caldo de cana, fizeram parte de um dos objetivos da XI Convenção Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais, que aconteceu nesta sexta, 16, no Hotel Shereton, em Vitória.
Entre os temas em debate, vários se reportaram às formas de legalizar e alavancar os pequenos negócios, além de informar e discutir as mudanças na Lei do Supersimples e a necessidade de inovação de produtos e processos e a capacidade de se adaptar às constantes mudanças do mercado.
Líder empresarial
Rose é uma ativista do movimento de legalização dos pequenos empreendedores, que reivindica questões como a desburocratização dos processos para a abertura de empresas. Ela é presidente da Associação de Feirantes de Vila Velha e tem um pequeno escritório – A Casa do Empreendedor –, junto à entidade, que dá apoio voluntário aos empreendedores em busca da legalização.
Ela espera dar cada vez mais tempo à atividade voluntária. “Quero fazer política pelo pequeno.” Para isso, com a fábrica de massa em dia, bem administrada e com resultados bem acima do que a própria Rose esperava a essa altura, a líder da entidade de Vila Velha quer brigar pelo desenvolvimento do empreendedor, em especial da sua cidade.
“Fui ajudada pelo trabalho de formação da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes) e pelo Instituto Sindimicro. Quero trazer esse movimento para Vila Velha, onde esse trabalho não existe”, ressalta Rose.
A certeza de que poderá dedicar mais tempo ao trabalho de líder associativa vem dos bons resultados colhidos com o pastel e o caldo de cana. Desde que foi montado, o negócio continua crescendo e exigiu, para se manter em constante desenvolvimento, virar uma empresa, formalizada há pouco mais de quatro meses. Hoje, a fábrica tem três funcionários e já vende parte da sua produção para dois cerimoniais infantis de Vila Velha. “Minha demanda e o meu faturamento são altos”, comemora.
A produção para essas casas de festa, um novo público, fez com que o casal empresário decidisse não ampliar a participação em mais feiras da cidade. “Precisávamos de tempo para manter a qualidade da produção. Fazemos o melhor pastel. Nosso grande diferencial é a qualidade do produto e o atendimento, que é rápido e preciso, com rigor de higiene.” A fábrica Rose do Pastel tem 32 dois sabores do produto, para atender a todos os gostos e não perder espaço para a concorrência.