A pesquisa de preços continua sendo a principal arma dos pais para economizar na compra do material escolar. Para auxiliá-los nessa missão, o Procon dos municípios divulgam estudo apontando a diferença de preços dos itens que constam em grande parte das listas exigidas pelas escolas.
Em Colatina, no Noroeste do Estado, o Procon em Colatina pesquisou, entre os dias 17 e 23 de janeiro, 74 itens em sete estabelecimentos. Foram apontadas diferenças superiores a cinco vezes no valor do mesmo produto da mesma marca em estabelecimentos diferentes.
Segundo a pesquisa, a maior variação de preços em produtos de marcas diferentes foi de 549%, registrada em uma agenda do estudante – em uma das lojas custa R$ 1,99 e R$ 12,90 em outra. Já em objetos da mesma marca, a maior variação foi o fichário com quatro prendedores, que variou 115% no preço, de R$ 27,90 a R$ 59,99.
Já o Procon de Cachoeiro divulgou um levantamento com os valores dos 39 itens mais requisitados nas listas de materiais escolares. A pesquisa mostra que a variação de preços entre produtos de marcas diferentes pode chegar a 940% e o consumidor deve estar atento na hora das compras.
A maior diferença está no item fichário, que os preços vão de R$ 12,49 a R$ 130. O preço da caixa de lápis com 12 cores varia de R$ 6,90 a R$ 32,99; o valor da caneta hidrocor com 12 cores vai de R$ 2,89 a R$ 26,99; e o caderno de 20 matérias tem a variação de R$ 12,65 a R$ 34,10.
Na capital Vitória, os fiscais do Procon percorreram cinco estabelecimentos de venda de materiais escolares e descobriram que a variação de preço entre eles chegou a 100%. O levantamento foi realizado com 20 itens que não podem faltar nas mochilas dos estudantes.
O item que apresentou maior variação de preços foi a caneta esferográfica de tinta preta que chegou a 100%. O menor preço encontrado foi de R$ 0,75 e o maior R$ 1,50. Já o lápis preto registrou uma diferença de preço de 80%. Enquanto que em um local a unidade é vendida a R$ 0,50, em outro custa R$ 0,90.
Dicas
Além da pesquisa de preços, o Procon oferece ainda alguns conselhos para quem quer gastar menos com os materiais escolares. Confira as dicas:
– Havendo dúvida sobre a finalidade do material, quantidade solicitada e motivo da indicação (marca ou local de aquisição), os pais podem e devem procurar a escola, que tem o dever de prestar todos os esclarecimentos;
– A compra do material escolar pode pesar no orçamento familiar. Por esse motivo, para quem quer economizar, a dica é verificar o que pode ser reaproveitado do ano anterior, pesquisar os preços, buscar marcas alternativas e comprar somente o necessário. Nem sempre o material mais caro e sofisticado é o melhor;
– Os pais podem negociar marcas com as crianças, tendo em vista que os produtos patenteados de super-heróis e outros personagens têm o preço mais elevado, bem como os importados, por causa da alta do dólar;
– Os pais também devem verificar, junto à escola, se houve alguma sobra do material do ano letivo anterior, para que seja reaproveitado. Também poderão entregar parte do material que será utilizado no bimestre ou no trimestre, de acordo com o plano de aula, podendo adquirir o restante de acordo com o uso;
– Os pais e alunos não podem sofrer qualquer tipo de constrangimento e discriminação por deixar de entregar qualquer item ou quantidade solicitada;
– Se houver problemas com a mercadoria adquirida, mesmo que seja importada, o consumidor tem seus direitos resguardados pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CD), que prevê o prazo de 90 dias de garantia;
– Fique de olho nas embalagens de materiais como colas, tintas, pincéis atômicos, fitas adesivas, entre outros, que devem conter informações claras e precisas a respeito do fabricante, importador, composição, condições de armazenagem, prazo de validade e se apresentam algum risco ao consumidor, tudo em língua portuguesa;
– Exija sempre a nota fiscal com os artigos discriminados. Esse documento é indispensável no caso de haver problemas com a mercadoria.