Com produção superior a 500 mil barris de petróleo por dia no Brasil, a Petrobras quer ampliar para quase 200 mil a produção de petróleo no Espírito Santo. A meta foi anunciada nesta terça-feira (1), na sede da estatal, no Rio de Janeiro. A cerimônia de comemoração pelo recorde no país contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, e da presidente da estatal, Graça Foster.
A companhia está de olho no litoral capixaba. Atualmente, só o Estado é responsável por 100 mil barris e a meta é ampliar esse número para 180 mil. Embora ainda não tenha dados precisos, a empresa espera ainda aumentar o número de investimentos para alavancar ainda mais a produção de óleo.
Segundo o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, a Petrobras está bastante satisfeita com os resultados obtidos no Espírito Santo. Há o volume já previsto no plano de negócios no Parque das Baleias e no projeto Espírito Santo Águas Profundas, que será alvo de estudo nos próximos quatro anos. “Falar de outros projetos não posso porque são coisas que estão na fase de concepção interna e que só vão ser divulgadas na próxima edição do Plano de Negócios”, disse o executivo.
Atualmente, nove poços do pré-sal são explorados no litoral capixaba com as plataformas P-58, FPSO Capixaba e a FPSO Cidade de Anchieta. Além disso, Formigli explicou que o Espírito Santo vem se destacando também na produção de gás. Para se ter uma ideia, 35% do que é retirado aqui vem do pré-sal.
Pessimista
A presidente Dilma, que estará no Espírito Santo nesta quarta-feira, não participou da coletiva de imprensa logo após o evento. Mas no seu discurso, rebateu a oposição e garantiu que a estatal registrou importantes avanços ao longo dos últimos anos. Mesmo sem fazer citação, as declarações foram lidas como uma resposta à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
“Não será um fato isolado, uma tendência momentânea que vai abalar a imagem da Petrobras. (…) Mas isso não nos intimida. As vozes que querem diminuir a importância da Petrobras se perderão no deserto”.
Dilma deixou a sede da estatal logo após o término do evento sem falar com os jornalistas.