Economia

PIB capixaba tem retração de 1,3% e fecha em R$ 121,9 bilhões no primeiro trimestre de 2019

A nova fábrica da Buaiz Alimentos foi apontada como uma das principais apostas para influenciar positivamente na economia local no próximo trimestre.

Foto: Divulgação
A Indústria de Transformação é um dos setores que mais empregam, de acordo com o panorama econômico 

O Produto Interno Bruto (PIB) capixaba fechou em R$ 121,9 bilhões, com crescimento de 2,1% no primeiro trimestre de 2019. Os dados são do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e foram divulgados nesta terça-feira (18). Em comparação com o último trimestre, a soma de riquezas capixabas teve uma queda de 1,3% no primeiro trimestre deste ano.

O setor que mais contribuiu para a ligeira retração da economia estadual foi a indústria, que marcou -8,5% na diminuição do volume de negócio. O desempenho negativo ainda foi influenciado pelas quedas nos setores de indústria geral (-10,1%) e comércio varejista ampliado ( -0,3%). 

Para o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Luiz Paulo Velloso Lucas, a economia capixaba, neste trimestre, acompanha rigorosamente a economia brasileira. “É um momento de redução das boas expectativas econômicas. Entramos o ano com previsões acima de 3% e estamos chegando no meio do ano com uma economia estagnada, sem crescer. Era para estar numa recuperação cíclica, após um momento de recessão, mas essa recuperação tem sido lenta”, explicou. 

Tragédia de Brumadinho ajudou a derrubar PIB

As pesquisas do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) ainda apontaram para algumas das possíveis motivações para os resultados encontrados. A economia do Espírito Santo estava melhor do que a brasileira até o fim de 2018, mas neste primeiro trimestre foi menor e a principal responsável é a indústria. Esta queda foi motivada, principalmente, pelo acidente ocorrido em Brumadinho

O fato trágico também trouxe pontos negativos para a economia do estado e de todo o país, porque impactou na economia com todo o tempo em que a empresa ficou parada e com todo o prejuízo obtido. 

Outros fatores apontados como responsáveis pela queda foram a reestruturação da Fibria, que se fundiu com a Suzano e acabou gerando mudanças nas rotas comerciais de importação e queda no preço da celulose, além da baixa produção de petróleo que depende de novas descobertas para se estabilizar. 

Esperança

Apesar do registro de maus resultados, alguns setores conseguiram compensar esses números, como o crescimento na área de serviços de 1,9% que se deve ao consumo das famílias capixabas que vem registrando melhorias. Já o comércio ampliado apesar de ter ficado em queda, teve uma pequena desaceleração em comparação com o trimestre anterior. 

Previsão

Não tem uma projeção para o fim de ano, porque depende muito do que pode acontecer ao longo dos meses, mas a previsão é de que o estado tenha resultados positivos na economia, inclusive os setores que foram negativos neste primeiro trimestre, podem apresentar melhoras até 2020. 

Entre os principais destaques, a nova fábrica da Buaiz Alimentos foi apontada pelos especialistas do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) como uma das principais apostas para influenciar positivamente na economia local no próximo trimestre. 

Panorama econômico 

>> Variação % acumulada no 1° trimestre de 2019

Produção Agrícola 

Café conilon (+2,7%)

Café arábica (-24,8%)

Mamão (+14,0%)

Abacaxi (+9,1%)

Cacau (+7,6%)

Mandioca (+0,9%)

Cana-de-açúcar (+0,2%)

Pimenta-do-reino (-0,6%)

Coco (-2,0%)

Banana (-3,7%)

Tomate (-4,0%)

Comércio Exterior

Exportações +4,2% (US$ 1,9 bilhões)

Importações +20,6% (US$ 1,4 bilhões)

Corrente de comércio +9,5% (US$ 3,3 bilhões)

Inflação RMGV: +1,3%

Alimentação e bebidas +3,7%

Educação +2,8%

Habitação +1,9%

Emprego Formal 

Estoque 727.108

Saldo +6.185 

Setores que mais empregam 

Serviços +4.958

Indústria de transformação +2.467