Economia

Planejamento estratégico: um bom aliado para obtenção de resultados

A alta administração deve ser a primeira a acreditar no projeto, pois só assim o restante da equipe abraçará os novos processos

Foto: Freepik

*Artigo escrito por Alice Effgen, engenheira mecânica, MBA em Gestão de Projetos e Processos e tecnólogo em Processos Gerenciais e Membro do IBEF Academy.

Sabe quando você parece um bombeiro na empresa? Todos os dias apagando incêndio e resolvendo imprevistos pequenos ou grandes, mas que impactam diretamente seu resultado? Pois é, tudo isso pode ser extinto ou diminuído se houver um planejamento antecipado. 

Planejamento estratégico não é só para empresas grandes. Qualquer pessoa que decide abrir um negócio precisa de um planejamento estratégico. Mas o que é isso?

O planejamento estratégico é uma análise sistêmica que conecta desde a estratégia da empresa até onde ela quer chegar: a cultura interna até o produto ou serviço entregue ao cliente. 

O desafio principal das empresas é a geração de valor agregado ao cliente, criando uma nova experiência. Uma das principais etapas do planejamento estratégico é o planejamento financeiro, pois interfere no plano de ação e em diversos processos e projetos da empresa.

O mundo dos negócios não é estático, cada vez mais o mercado tem se tornado dinâmico e complexo. Assim, o próprio mercado força o empresário a gerenciar de forma eficaz e flexível, olhando para as transformações e os avanços tecnológicos inerentes à sobrevivência da empresa. 

Dessa forma, o planejamento financeiro se torna uma ferramenta que mostra as necessidades e controla as finanças da empresa.

No planejamento financeiro, ferramentas importantes são o controle do fluxo de caixa e o orçamento, ambos controlados por um planejamento feito de “traçado x realizado”. 

O orçamento visa determinar e estimar as despesas e os resultados da empresa, sendo em valor absoluto e é feito dentro de um determinado período, geralmente de modo anual. Já o fluxo de caixa controla o movimento de saídas e entradas de dinheiro.

O resultado da organização, quase em sua maioria, é diretamente proporcional às metas e aos objetivos traçados, da mesma forma que planejamento financeiro e desempenho financeiro caminham juntos. 

Metas ambiciosas, porém, alcançáveis, indicadores, controle financeiro, objetivos claros, cultura disseminada, planos de ação e acompanhamento são partes do planejamento que permitem que o empresário enxergue se a organização percorre o caminho correto para alcançar os objetivos e mostra, e forma clara, ados para possível tomada de decisão.

Para medir e criar os objetivos da organização, uma das ferramentas é a metodologia de OKR (Objectives and Key Results), que é exatamente o significado dela, objetivos e resultados-chave. A partir da estratégia define-se o objetivo que quer medir, quantitativo ou qualitativo. 

Já os KR’s são qualitativos e respondem à pergunta sobre: como medir o objetivo escolhido? Geralmente são três KR’s para cada objetivo. 

Dentro dos KR’s, pode-se ainda utilizar indicadores, chamados de KPI (Key Performance Indicator), métrica que é pensada sobre os pontos essenciais para avaliar a gestão. 

Os KPI’s podem ser números ou percentuais e medem produtividade, capacidade, qualidade ou até estratégia. 

Tanto em OKR quanto em KPI, a maioria das organizações coloca objetivos estratégicos financeiros, por exemplo: crescer x% no ano, ter uma rentabilidade de x%, metas comerciais, entre outras.

Mas a verdade é que, para implantar um planejamento estratégico, com objetivo de ser uma ferramenta que ajude no desempenho da organização, a alta administração deve ser a primeira a acreditar no projeto, pois só assim o restante da equipe abraçará os novos processos.