O governo do Espírito Santo anunciou na tarde desta quarta-feira (20) que realizará investimento R$ 11,4 milhões em fertilização in vitro para melhorar o rebanho leiteiro do Estado.
O anúncio foi realizado durante apresentação do novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4), que pretende alcançar uma série de metas econômicas no Espírito Santo até 2032.
O protocolo foi assinado em parceria entre a Seag e o assinado um protocolo de intenções entre a Secretaria e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae).
Do dinheiro investido na fertilização do rebanho, R$ 8 milhões são do fundo do próprio governo, por meio da Secretaria de Agricultura (Seag). Ao todo, haverá contratação de 6.600 prenhezes.
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Atualmente, o Espírito Santo produz cerca de 1 milhão de litros de leite por dia, o que representa cerca de R$ 727 milhões anuais de faturamento, com cerca de dez mil produtores de leite. É a segunda atividade mais presente nas propriedades rurais capixabas, só ficando atrás da produção de café.
Além do anúncio, o governo também assinou termo de cooperação entre a Seag e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) para o desenvolvimento de ações de Pesquisa, Extensão e Inovação com investimentos de R$ 18,5 milhões.
O governador Renato Casagrande (PSB) participou do lançamento e comemorou a iniciativa.
“A gente só consegue tirar um plano como este do papel se, de fato, o governo do Estado tiver recursos para poder aplicar políticas públicas como nós aplicamos hoje, com 18,5 milhões por meio da Fapes, que vai fazer pesquisa com os agricultores, e também com o Sebrae, para melhoria do rebanho leiteiro”, disse.
O vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, destacou que o agro é um dos maiores expoentes da atividade econômica do Espírito Santo, e também celebrou a medida.
“É muito gratificante e motivador colocar de pé um planejamento com capacidade de direcionar e impulsionar o crescimento das atividades agropecuárias do nosso Espírito Santo. Não é possível pensar em desenvolvimento capixaba sem contemplar a agricultura e os agricultores. O Agro é o motor econômico da maioria dos municípios capixabas e responsável por gerar divisas e riqueza em todo o Espírito Santo”, afirmou.
Além da fertilização in vitro, uma das metas do Pedeag 4 estabelece adequação socioambiental de 50 mil propriedades rurais capixabas. Isso significa que produtores terão que adaptar as propriedades a modelos sustentáveis de produção nos próximos anos.
O conceito abarca questões econômicas, como eficiência da produtividade, gestão de custo de produção e receitas e rastreabilidade da produção. E ambientais, como devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas, uso de equipamentos de proteção individual e gestão de resíduos sólidos e líquidos gerados na propriedade.
Há também responsabilidades sociais que abarcam temas como reduzir as condições de risco do trabalho e dar acesso à educação e aos serviços de saúde.
Confira algumas metas a serem atingidas
Sobre o valor bruto da produção agropecuária do Espírito Santo a meta é alcançar R$ 35 bilhões, um crescimento de 45% em relação a 2022 (R$ 24,2 bilhões).
Outra meta é chegar a US$ 3 bilhões em exportações do agronegócio capixaba no ano de 2032, um crescimento de 76% em relação ao ano de 2022 (US$ 1,7 bilhão).
Para o complexo cafeeiro, a meta é que a exportação do café solúvel alcance 1,5 milhão de sacas, um crescimento de 3,5 vezes em relação a 2022 (454,1 mil sc); o café arábica (grão cru) alcance 1,8 milhão de sacas, um crescimento de 3 vezes em relação a 2022 (613,6 mil sc); e o café conilon (grão cru) 4 milhões de sacas, um crescimento 3,3 vezes em relação a 2022 (1,2 milhão sc).
Para a cultura da pimenta-do-reino, a meta é alcançar 70 mil toneladas, um crescimento de 36% em relação a 2022 (51,4 mil ton).
Já a meta para o gengibre é alcançar 30 mil toneladas, um crescimento de 54% em relação a 2022 (19,5 mil ton).
Para o mamão, a meta é alcançar 30 mil toneladas, um crescimento de 60% em relação a 2022 (18,8 mil ton).
O crédito rural tem como meta bater o valor de R$ 12 bilhões em operações, um crescimento de 126% em relação a 2022 (R$ 5,3 bilhões).
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