
*Artigo escrito por Julia Caiado, CEO da Global Touch e membro da comunidade Marketing VIX.
Muito tem se falado sobre gestão de comunidades dentro de contextos corporativos e de inovação, mas será que está clara a sua importância e impacto tanto para as pessoas, quanto para as organizações?
Para começar a trazer clareza sobre o tema, é importante elucidar primeiro sobre qual o conceito de comunidades estamos tratando aqui.
Conceitos de comunidade e suas conexões
Existem diferentes definições do conceito de comunidades. Historicamente, o termo comunidade esteve associado a aspectos geográficos, pois, predominantemente, as pessoas se conheciam e se conectavam por meio do território que compartilhavam.
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Em alguns casos, comunidades de bairros e regiões ainda podem ser as primeiras referências quando se pensa no termo.
À medida que as tecnologias evoluíram, começou a ser possível se conectar por outros elementos de afinidade, para além do território.
Pessoas que se importam umas com as outras
É nesse contexto que surgem diferentes tipos de comunidades, que, de acordo com o especialista Fabian Pfortmuller, se caracterizam por ser grupo de pessoas que se importam umas com as outras e se sentem pertencentes juntas.
Para ele, a comunidade dá às pessoas o senso de identidade compartilhada, a partir da qual, criam-se as relações de confiança.
Na essência, podemos entender comunidade pela etimologia da palavra: comum-unidade, aquilo que torna comum, o que une, o que conecta e que faz despertar o senso de pertencimento, tanto nas pessoas, quanto nas organizações.
Entendendo diferentes graus de maturidade
Uma vez entendido qual é de fato o propósito compartilhado que une os membros de uma determinada comunidade, é possível aplicar o conceito em diferentes contextos e cenários e entender seus diferentes níveis de maturidade, de acordo com o grau de profundidade das relações entre os seus membros.
A gestão de comunidades não se resume apenas a administrar canais de comunicação; ela envolve a criação de rituais que aprofundam os relacionamentos, a estruturação de processos que garantem a continuidade das interações e a aplicação de estratégias que transformam essas conexões em valor tangível.
Como medir o impacto das comunidades
O impacto das comunidades pode ser medido por indicadores como:
- Empresas que constroem comunidades bem estruturadas observam um crescimento de receita 2,5 vezes maior do que seus concorrentes que não possuem comunidades ativas (McKinsey & Company, 2023).
- Startups que fazem parte de comunidades estruturadas tem até 3x mais chances de escalar com sucesso e acessar investimentos estratégicos (Global Startup Ecosystem Report, 2024)
- Comunidades bem geridas podem aumentar em até 25% o valor percebido pelos membros, criando conexões autênticas entre eles e com a marca gestora da comunidade (Harvard Business Review, 2022).
Diferencial competitivo e de inovação
À medida que o mundo se torna mais interconectado, as comunidades se consolidam como um diferencial competitivo e uma fonte inesgotável de inovação.
O futuro do mercado pertence às organizações que entendem o poder das redes colaborativas e sabem como gerenciá-las estrategicamente.
Se sua empresa ainda não investe em comunidades, talvez seja hora de começar essa transformação!