Economia

Policiais rodoviários falam em recorrer ao STF por aumento

Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, qualquer aumento de gastos com servidores precisa ser formalizado até julho, seis meses antes do fim do mandato presidencial

Foto: Divulgação

No dia em que agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram em Brasília uma marcha nacional, o presidente da federação dos sindicatos da categoria (FenaPRF), Dovercino Neto, afirmou que a entidade pode buscar o Supremo Tribunal Federal (STF) para forçar o governo a negociar a reestruturação das carreiras prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Neto disse que a medida seria uma “última cartada” para garantir a reestruturação ainda em 2022, mas reconheceu o curto espaço de tempo para viabilizar a demanda.

Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, qualquer aumento de gastos com servidores precisa ser formalizado até julho, seis meses antes do fim do mandato presidencial.

“A PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) fez um parecer dizendo que, se fosse publicada a MP (a medida provisória da reestruturação) até 4 de julho, atenderia à legislação. Mas é fato que estamos correndo contra o tempo”, afirmou. Neto admitiu, devido aos “posicionamentos contraditórios do governo”, não saber se a MP será publicada. “Estamos sem saber o que vai acontecer, se vai acontecer.”

Sobre as estratégias de mobilização, Neto se queixou de que “nem operação-padrão a legislação permite” e cogitou o caminho judicial. “Como última alternativa, entraremos com uma ação no STF para obrigar o governo a negociar conosco, já que somos impedidos de fazer greve”, declarou. “O Judiciário pode ser o mediador.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.