Economia

Porto de Vitória poderá receber mais 40% de carga após conclusão de obras

Assinado em 2012, o contrato previa um custo de R$ 85 milhões. Com a atualização do valor, passou para aproximadamente R$ 118 milhões. Uma nova licitação não foi descartada

Codesa estima um aumento da capacidade de movimentação de cargas na ordem de 40% Foto: TV Vitória

Quase oito meses depois da retomada das obras de dragagem do Porto de Vitória, a Codesa anuncia que elas estão na reta final: a previsão é de que sejam concluídas ainda este mês.

Segundo o presidente da Codesa, Luís Claudio Santana Montenegro, já foram dragados mais de dois milhões de metros cúbicos de material e restam cerca de 3.500 m³ para alcançar a profundidade ideal do projeto. Assim, além de aumentar a profundidade do canal de acesso, a bacia de evolução, local onde os navios fazem a manobra para atracar, será maior.

“Neste ponto nós estamos retirando hoje esses 3.500 metros cúbicos para que possamos chegar a uma cota de 13 metros. Faltam meio metro para o projeto. Consideramos que atingimos o resultado hoje porque a nossa maré nos favorece com até 1.40 metros em momentos de maré cheia. Então, na maré a gente supera, inclusive, o projeto”. 

Assim que os trabalhos forem concluídos, a Codesa estima um aumento da capacidade de movimentação de cargas na ordem de 40%. Inclusive, segundo o vice-governador Cesar Colnago, com previsão de liberar o cais comercial para navios maiores, abrindo espaço para novos negócios. 

“Um porto que tem uma história grande com a nossa cidade é um equipamento fundamental para a nossa economia e para o desenvolvimento dela”. 

Assinado em 2012, o contrato previa um custo de R$ 85 milhões. Com a atualização do valor, passou para aproximadamente R$ 118 milhões. Mesmo com a conclusão da obra, a Codesa quer debater a possibilidade de fazer um aditivo no contrato atual ou abrir uma nova licitação para se chegar a uma profundidade ainda maior, ampliando a oportunidade de receber navios com cargas cada vez maiores. 

“Nos saímos de um calado homologado de 10.6 metros e vamos para um calado homologado de 12.5 metros. Isso é uma evolução para o tamanho do navio gigantesca. Nós falamos de um navio de um patamar de 30 mil toneladas para um navio de até 70 mil toneladas. É mais do que dobrar o tamanho dos navios que podemos receber”, afirmou Luís Claudio.