O aumento nas alíquotas que incidem sobre o preço dos combustíveis, que entrou em vigor no dia 1º de fevereiro, se refletiu nas bombas dos postos capixabas, provocando até 30% de prejuízo nas vendas de gasolina.
Ainda que alguns estabelecimentos, como o autoposto Capixaba, localizado às margens da Rodovia Carlos Lindemberg, não contabilizem perdas significativas nas vendas, outros postos, entre eles o Moby Dick, em Vila Velha, tiveram que adotar os descontos como solução para reduzir a queda. Segundo a gerente administrativa Luciana Roubach o preço da gasolina adotado está R$ 0,10 abaixo do ideal. “Reduzimos ao máximo à margem de lucro para não deixar de vender”, explicou.
Para o Sindicato dos Postos de Combustíveis do Estado (Sindpostos/ES), o capixaba não deixa de consumir o combustível por se tratar de um gênero de primeira necessidade; mas o consumidor aprimora a pesquisa de preços e racionaliza o uso do produto.
Números oficiais
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulga mensalmente quantos metros cúbicos de combustível foram vendidos em cada Unidade da Federação. O volume alcançado no Espírito Santo no mês de fevereiro, quando houve o último reajuste, ainda não foi divulgado.
No entanto, se for comparada a quantidade de gasolina vendida em novembro de 2014, data do último aumento dos combustíveis, e o mês anterior, é perceptível uma queda superior a 11% nas vendas efetuadas no Estado: no mês do reajuste de 3% determinado pela Petrobras, foram consumidos 74.113 m³, contra 83.841 m³ em outubro.