Termina nesta segunda-feira(24), o prazo de reserva para a compra de ações da Petrobras que estão nas mãos da Caixa Econômica Federal. O processo é conhecido no mercado financeiro como oferta subsequente (“follow on”) e trata-se da venda de ações já existente, cujos recursos irão para o acionista, nesse caso, a Caixa, que pretende se desfazer de sua participação na estatal.
A data estimada para definição do preço de venda desses papéis é nesta terça-feira (25), com início da distribuição no dia seguinte. Mas por que alguém esperaria até lá para comprar uma ação que também está sendo negociada normalmente na B3, a bolsa brasileira, em todos os pregões? A principal razão é a possibilidade de comprar com desconto.
É como se você esperasse até a Black Friday para comprar aquele celular que já vem namorando há algum tempo. O risco aqui é parecido: pode ser que chegue a data e o desconto não seja tão atraente assim, ou até mesmo nem tenha desconto.
Para você decidir se vale a pena o investimento, o Valor Investe conversou com analistas para te explicar os detalhes dessa operação e os riscos envolvidos.
Como as ações serão vendidas?
As ações que estão sendo vendidas pela Caixa serão distribuídas no exterior, na forma de American Depositary Shares (ADS), e no Brasil. O preço pelo qual essas ações serão vendidas será conhecido em 25 de junho e as ações serão distribuídas no dia seguinte. A negociação dessas ações na bolsa começa em 27 de junho.
Até uma em cada quatro ações será destinada para o investidor de varejo, ou seja, o investidor comum, e a aplicação poderá ser feita diretamente pela corretora ou via Fundos de Investimento em Ações da Petrobras (FIA-Petrobras), que serão criados no âmbito da oferta.
No varejo, o valor mínimo por investidor será de R$ 3 mil e o máximo R$ 1 milhão. Se o investimento for via fundos FIA-Petrobras, os valores vão de R$ 100 a R$ 1 milhão.
Vale destacar que os investidores que se identificarem como funcionários da Petrobras ou da Caixa terão preferência para comprar as ações – no limite de até 2% das ações ofertadas.
Se a demanda for muito elevada, poderá ocorrer um rateio entre as reservas, ou seja, pode ser que o investidor saia da operação com menos ações do que pretendia porque os ativos precisaram ser distribuídos entre os interessados.