A pandemia do novo coronavírus fez com que muitas pessoas buscassem novas formas das pessoas se relacionarem com amigos, família, atividades físicas, trabalho, estudos e, claro, com o dinheiro. Há quem esteja gastando menos, muitos obrigados devido a redução de jornada e salário. No entanto, também há quem esteja gastando mais.
Uma pesquisa da fintech de investimentos Grão, divulgada recentemente, aponta que cresceram gastos com alimentação (+39%), moradia (+23%) e saúde (+23%) entre os consumidores brasileiros. Por outro lado, teriam diminuído, segundo a mesma pesquisa, gastos com lazer (-64%), transporte (-59%), beleza e cuidados pessoais (-55%).
Diante desse novo cenário, o Jornal Online Folha Vitória conversou com a Educadora Financeira Karine Martins, que deu três dicas para quem pretende economizar nesse momento de instabilidades. Ela é especialista com experiência de mais de 15 anos no mercado financeiro e é coautora do livro A Roda do Dinheiro: Como fazer a sua roda girar, lançado no final do ano passado.
Confira as dicas:
1) Não vá ao supermercado sem uma lista de compras
Nessa pandemia, muitas pessoas estão indo apenas passear no supermercado e isso faz elas gastarem mais. É importante, ainda em casa, olhar exatamente o que se precisa, fazer a lista e também uma contabilidade mental para ter ideia da média que se paga normalmente por esses itens, estimando o valor total a ser gasto no estabelecimento.
“Conforme for colocando as coisas no carrinho, é sempre bom fazer aqueles cálculos, ainda que de cabeça, para apurar se o valor das compras condiz com o que você imaginou que gastaria. Também é importante respeitar a lista ao máximo possível”, recomenda Karine.
2) Evite pedir comida por app
O faça você mesmo ficou em evidência nessa pandemia. Muitas pessoas estão aprendendo a fazer o que não imaginavam e a comida entra nessa lista. Com isso, pode haver grande economia na questão alimentar.
“Usar menos os apps de delivery, que normalmente geram custos a mais, por conta da entrega e das embalagens, gera uma ótima economia ao final do mês”, destaca a especialista.
3) Confira gastos recorrentes
Assinaturas de apps, contas de telefone, serviços de TV a cabo, streaming e tarifas bancárias. Tudo isso representa gastos automáticos, que o usuário não costuma ter controle.
“Dar uma boa olhada nesses pagamentos recorrentes pode reduzir muito os custos de serviços que você muitas vezes nem usa. Posso citar, por exemplo, anuidades de cartão de crédito, tarifa de manutenção de conta, serviços de notificações por SMS e seguros”, explica Karine que, por fim, ainda aproveita para sugerir maior espaçamento entre as idas a academias, barbearias e salões de beleza, como dica de economia.