Se no mês de fevereiro o conjunto de produtos que compõem a cesta básica calculada pelo Dieese apresentou a maior redução do país na Capital capixaba, em março aconteceu o extremo oposto: o valor da cesta em Vitória aumentou 4,19%, a maior alta de todas as capitais brasileiras.
Com o incremento, o valor passou de R$ 401,38 para R$ 418,18. Na avaliação mensal, dos 13 produtos pesquisados, apenas o arroz registrou queda – de 1,61%. Os demais registraram elevação de preços, com destaque para batata o tomate e a banana, com aumentos de 15,40%, 13,20% e 9,23%, respectivamente.
Em março, o valor da cesta básica representou 51,65% do salário mínimo líquido. O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 104,5 horas para adquirir os bens alimentícios básicos. .
Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Brasília, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em março, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.736,26 ou 3,29 vezes mais do que o mínimo de R$ 880.