Com o pior nível registrado desde 2006, as cidades do Espírito Santo investiram R$ 774,5 milhões em 2013, resultando em uma queda de 52,7% se comparado com o ano anterior, quando as prefeituras aplicaram R$ 1,64 bilhão. Os dados fazem parte do anuário Finanças dos Municípios Capixabas 2014, da Aequus Consultoria, que chega a sua 20ª edição.
“Os investimentos municipais alcançaram o menor nível desde 2006, ficando abaixo até mesmo do registrado em 2009, ano em que os reflexos da crise econômica internacional se fizeram sentir mais fortes sobre as cidades brasileiras”, destacou a economista e editora do anuário, Tânia Villela.
Para se ter uma ideia, dos 75 municípios capixabas com dados disponíveis, apenas sete registraram crescimento nos investimentos em relação ao ano de 2012: Presidente Kennedy (205,9%), Muniz Freire (45,1%), São Mateus (16,1%), Afonso Cláudio (15,1%), Alfredo Chaves (8%), Colatina (6,7%) e Pinheiros (1,9%).
Esse cenário negativo, segundo a economista, se deu por diversos fatores: recuo dos repasses do ICMS proveniente da arrecadação das atividades de importação; queda no repasse de transferências de capital, que são recursos repassados basicamente para a realização de investimentos; e a redução da arrecadação do ISS e de royalties em algumas cidades capixabas.
Entre os municípios com mais de 50 mil habitantes, as maiores quedas ocorreram em Linhares (-81,2%), Cachoeiro de Itapemirim (-67,3%), Aracruz (-64,6%), Cariacica (-53,2%), Vitória (-52,3%) e Serra (-49,7%). Nas cidades com menos de 50 mil habitantes, as maiores retrações foram em Alto Rio Novo (-86,6%), Ecoporanga (-85,8%), Itapemirim (-83,2%), Guaçuí (-77,3%) e Brejetuba (-75,2%).
O anuário Finanças dos Municípios Capixabas 2014 faz um panorama amplo sobre as receitas e despesas movimentadas durante os anos de 2008 a 2013 pelas cidades do Espírito Santo. A publicação aborda indicadores importantes sobre as receitas com impostos, transferências, royalties, além de apresentar os gastos com pessoal, custeio, Saúde, Educação, Assistência Social, e outros, utilizando como base os dados disponibilizados pelos próprios municípios.