O presidente do Equador, Lenin Moreno, enviou ao Congresso do país um projeto com reformas tributária, financeira e fiscal, em regime de urgência, na tentativa de reduzir um déficit fiscal de cerca de US$ 600 milhões.
Entre os principais pontos do pacote, estão o fim da redução do imposto de renda para quem ganha mais de US$ 100 mil por ano, contribuições por três anos para empresas que faturam mais de US$ 1 milhão anualmente e impostos para plataformas digitais como Netflix.
Em rede de rádio e televisão, o presidente equatoriano explicou que a proposta permitirá ao governo ter mais recursos para segurança, educação, saúde e habitação.
“Não aumentamos impostos sobre quem tem menos. Confiamos na sensibilidade, solidariedade e patriotismo dos membros da Assembleia (Congresso equatoriano)”, disse Moreno que, no mesmo discurso pediu aos congressistas que esqueçam as ideologias e ajam pelo bem-estar do país.
O texto do projeto também propõe o cancelamento de dívidas de empréstimos educacionais para 9 mil estudantes, a eliminação de impostos sobre certos suprimentos médicos e o
fim das dívidas de 30 mil pessoas afetadas por um terremoto em 2016.
O Equador enfrentou, recentemente, a maior onda de protestos dos últimos 12 anos, depois que o governo adotou medidas econômicas impopulares por orientação do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O novo projeto de reformas, com prazo de 30 dias para ser analisado pelos parlamentares, substitui o anterior, que foi rejeitado e arquivado em 17 de novembro. Fonte: Associated Press