Nesta terça-feira (28) foi divulgado, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a prévia da inflação que atingiu o menor patamar para abril desde o Plano Real, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15). O resultado é causado pela pandemia do novo coronavírus, que provocou a queda da demanda devido ao isolamento social.
O resultado, de -0,01% no mês, foi puxado principalmente pela queda do preço dos combustíveis. Houve recuo no preço da gasolina (-5,41%), do etanol (-9,08%) e do óleo diesel (-4,65%).
Além disso, a Petrobras anunciou algumas quedas no preço da gasolina e do diesel nas refinarias. Além dos combustíveis, outro itens que ficaram mais baratos aos brasileiros foram o seguro voluntário de veículo (-2,74%), o transporte por aplicativo (-3,11%) e o aluguel de veículo (-7,68%). As carnes (-0,27%) ficaram mais baratas e recuaram pelo terceiro mês consecutivo, embora a queda sido menos intensa que as registradas em fevereiro (-5,04%) e março (-1,81%).
Porém, os alimentos e bebidas no geral registraram aumento de preços (2,46%). Os produtos que pesaram mais no bolso na prévia de abril foram a cebola (35,79%) e o tomate (17,01%), a cenoura (31,67%). O botijão de gás também ficou mais caro, assim como a taxa de água e esgoto.
A prévia da inflação recuou em abril frente ao mesmo período de 2019, quando o índice ficou em 0,72%. Em março de 2020, a taxa era de 0,02%. O indicador acumula alta de 0,94% de janeiro a abril deste ano e de 2,92% nos últimos 12 meses.
Metodologia da pesquisa
Segundo o IBGE, os preços foram coletados no período de 17 de março a 14 de abril de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 16 de março de 2020 (base).
Por causa da pandemia, o IBGE fez a coleta de preços por meio de pesquisas em sites de internet, telefone ou e-mail.
Com informações do portal R7