Economia

Previsão para emergentes é levemente pior em 2015 que no ano passado, diz FMI

São Paulo – As previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para economias emergentes e em desenvolvimento estão levemente piores em 2015 do que no ano passado, de acordo com a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde. Para enfrentar os desafios, a dirigente ressaltou a necessidade de reformas estruturais e disse que os emergentes precisam ganhar mais espaço em instituições econômicas internacionais.

Ao ressaltar que os países do grupo possuem uma grande diversidade, Lagarde disse que a queda nos preços das commodities é um dos principais obstáculos para essas economias. Entre os exemplos, ela afirmou que Brasil está em estagnação, enquanto a Rússia enfrenta dificuldades econômicas. A China, por sua vez, está desacelerando, mas cresce de maneira mais sustentável, tendo em vista as reformas em curso no país. A Índia, por outro lado, está um ímpeto positivo.

A dirigente ressalta que países como Brasil, Índia e África do Sul precisam se focar em reformas no setor de educação, mercado de trabalho e produtos de mercado. Enquanto isso, Rússia e Indonésia devem trabalhar com ganhos de produtividade ao reduzir limites de investimentos e ao melhorar o sentimento das empresas.

Na China, as pequenas empresas desempenham um papel fundamental na economia em termos de produção, emprego, receitas fiscais e inovações. No entanto, Lagarde alerta que o acesso ao financiamento continua a ser um obstáculo fundamental, que o governo está tentando resolver.

A dirigente também alertou que alguns países emergentes enfrentam ameaças financeiras. Os juros baixos e as políticas acomodatícias elevaram a tolerância ao risco entre os investidores e um futuro aperto monetário do Federal Reserve pode trazer turbulência para os mercados. Outro fator que pode prejudicar alguns países é a alta acentuada do dólar.