Economia

Primeira fábrica de azeite para uso coletivo na produção é inaugurada no ES

Para a instalação da fábrica, a Secretaria da Agricultura destinou cerca de R$ 600 mil para a aquisição de equipamentos utilizados na fabricação do azeite

Foto: Divulgação / Governo do ES

CORREÇÃO: na primeira versão deste texto havia sido informada pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) a estimativa inicial de 1.500 toneladas de olivas, quando o correto são 1.500 quilos. Além disso, a fábrica vai potencializar a produção, podendo chegar a 5.400 litros de azeite, e não 200 mil produzidos, como havia sido informado anteriormente. O texto foi corrigido.

A Fábrica de Azeite do Lagar, a primeira do Espírito Santo para o uso coletivo na produção de azeite, foi inaugurada na manhã de terça-feira (20), no município de Santa Teresa. 

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, o prefeito de Santa Teresa, Kleber Medici, além de produtores rurais e lideranças comunitárias da região, estiveram presente no evento. 

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Para a instalação da fábrica, a Secretaria da Agricultura destinou cerca de R$ 600 mil para a aquisição de equipamentos utilizados na fabricação do azeite. Já a Prefeitura de Santa Teresa ficou responsável pelas adequações na infraestrutura do prédio. 

A capacidade de produção dessa nova agroindústria é de 100 litros de azeite por hora, com a estimativa inicial de 1.500 quilos de olivas para a safra deste ano. A fábrica vai potencializar a produção podendo chegar até 5.400 litros de azeite produzidos.

“A fábrica é a consolidação de um arranjo que vai se atrelar ao agroturismo e gerar renda para os produtores locais. Dos 300 hectares de áreas plantadas de azeitona no Estado, cerca de 100 hectares estão aqui em Santa Teresa. A expectativa é criar oportunidade para o aumento da produtividade e rentabilidade do produtor rural, agregando valor, conhecimento e o uso de novas tecnologias para atender à demanda com as oliveiras”, pontuou o secretário Enio Bergoli.

A cultura da olivicultura tem crescido no Estado e o azeite produzido aqui começa a ganhar reconhecimento pela qualidade, tanto em nível nacional quanto internacional. 

Atualmente, o Espírito Santo tem, aproximadamente, 300 hectares de área plantada de azeitona, envolvendo cerca de 180 produtores, com abrangência em 20 municípios dos 23 da região serrana do Estado vocacionados para o desenvolvimento da atividade.

O presidente da Associação dos Olivicultores do Espírito Santo (Olives), Ricardo Serro, explicou a importância dessa agroindústria coletiva para os produtores regionais de azeitona. 

“Agradecemos, mais uma vez, a parceria entre o Governo do Espírito Santo, por meio da Seag e do Incaper, e a prefeitura de Santa Teresa. Quando a azeitona é colhida, é preciso realizar logo o processo de produção do azeite para garantir uma qualidade final superior e, por isso, essa alternativa de equipamento é fundamental. O próximo passo agora é aumentar a colheita e elevar a qualidade do produto”, afirmou ele durante a inauguração.

A Seag realiza, por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), todo um trabalho de orientação e assistência técnica com os produtores que têm investido nessa atividade, buscando técnicas modernas de cultivo e produção de azeite de alta qualidade.

O Incaper deu início ao Projeto de Olivicultura no Espírito Santo em 2012, com a implantação de uma Unidade de Observação em Caldeirão, em Santa Teresa. Em 2015, o plantio de oliveiras foi difundido para outras localidades e, atualmente, abrange 20 municípios capixabas.

O foco do projeto é a produção de azeite extravirgem de baixa acidez, visando à expressão da qualidade superior do produto. 

O primeiro azeite capixaba de caráter experimental proveniente da Unidade de Observação foi produzido no ano de 2018 e, em 2021, foi extraído o primeiro azeite extravirgem dos plantios comerciais e o processamento já foi realizado em terras capixabas. O Estado já conta com seis marcas de azeites extravirgem, com aroma e sabor diferenciados, genuinamente capixabas.