Com o intuito de ressocialização e inclusão de detentas no mercado de trabalho, a Santa Casa de Cachoeiro implantou o projeto ‘Cuidar de Vidas’ e, através dele, cinco internas da Penitenciária Regional Feminina de Cachoeiro começaram a trabalhar na fazenda mantida pela instituição.
Durante um ano, as detentas vão trabalhar na produção de alimentos como hortifrutigranjeiros, ovos e carne. E esses alimentos serão utilizados nas refeições para pacientes e funcionários da Santa Casa.
Cada detenta vai receber um salário mínimo por mês, sendo que 50% serão destinados para a família e o restante vai para uma poupança, que poderá ser sacado quando elas cumprirem a pena. Além disso, a cada 15 dias suas famílias vão receber uma cesta básica dos produtos produzidos na horta da fazenda.
As despesas com o salário serão pagas graças a uma parceria da Santa Casa com o Sicoob Credirochas. O superintendente, padre Evaldo Ferreira, ressalta a importância do envolvimento de toda a sociedade nesse processo de inclusão e ressocialização dessas mulheres.
“Essas detentas vão ter uma oportunidade de trabalhar, gerar renda, e ainda contribuir com sua mão de obra para produzir os alimentos para o hospital e também o lar dos idosos. E esse projeto não seria possível sem o apoio dos empresários do nosso município”.
O presidente do Sicoob Credirochas, Talles Machado, conheceu de perto o projeto. “Tem um objetivo muito positivo. Mexe com o coração da gente a oportunidade que as detentas estão recebendo. Nós vimos a alegria no rosto delas. É um projeto tem muita dedicação, muito estudo, planejamento e que vai trazer muitos pontos positivos”, completa.
Economia
O administrador da fazenda, Sergio Mariano, ressalta que a expectativa é de que a fazenda possa gerar uma economia de R$ 1 milhão por ano para os cofres do hospital. Ele reforçou ainda a importância da capacitação dessas mulheres.
“O fator primordial é fazer com que elas possam sair daqui com a garantia de que podem trabalhar em diversas áreas com apicultura, horticultura, avicultura e piscicultura”, completa.
Ao fim do processo, cada trabalhadora receberá um certificado emitido pela secretaria de Ensino e Pesquisa da Santa Casa, constando as horas trabalhadas em cada modalidade.