*Artigo escrito por Pedro Henrique Mariano, MBA em Controladoria e Finanças, consultor e executivo de Controladoria, Planejamento, Finanças, Orçamento, Resultado e Processos e membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Economia do IBEF-ES.
“O Brasil não é para amadores” e o brasileiro sabe dos desafios de natureza socioeconômica, que não são poucos. Ainda, a realidade traz todo tipo de incerteza e insegurança, seja no aspecto político, jurídico ou fiscal.
Porém, trata-se de um país rico em recursos naturais e abençoado com um povo que, apesar de muitos motivos para desanimar, segue lutando.
Nação com mais de 200 milhões de habitantes, possui grande diversidade cultural e geográfica graças às dimensões continentais, sendo que não faltam números para demonstrar o potencial para conquistar posição de destaque e protagonismo na economia global.
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Em um dia a dia em que o noticiário mantém a população atualizada de toda mazela e dificuldade, é necessário preservar a esperança das pessoas e vislumbrar um futuro melhor, à luz do que pode ser feito hoje.
O brasileiro deve ser o primeiro a acreditar no próprio país, orientado à visão de que a política não é maior que o povo e que o apoio do governo é importante, mas a responsabilidade não deve ser terceirizada ao poder público.
Como o mundo enxerga o Brasil?
Para o Banco Mundial, “o Brasil continua a ser sistemicamente importante para a economia internacional e para os ativos naturais, incluindo a Amazônia. O país contribui para bens públicos globais e serve como um laboratório de inovação política com lições relevantes para outros países.”
Publicado pelo Banco Mundial em 2023, o “Relatório sobre clima e desenvolvimento para o país” apresenta uma análise profunda sobre os desafios e as oportunidades que residem no Brasil.
Em conclusão motivadora, o estudo sinaliza que o país “tem uma oportunidade privilegiada de alcançar o crescimento econômico mais forte e inclusivo, construir resiliência às mudanças climáticas e conseguir zerar as emissões líquidas até 2050.”
Para construir um futuro promissor de forma sólida, algumas propostas trazidas pelo Banco Mundial são percebidas atualmente no âmbito político e veiculadas nos principais meios de comunicação.
Tem-se que grandes planos de desenvolvimento exigem reformas estruturais, incentivos econômicos, investimentos em capital humano e políticas abrangentes que suportem o potencial de crescimento do país, conforme é possível observar no quadro a seguir:
A ONU (Organização das Nações Unidas) determinou 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) para a Agenda 2030, conforme os principais desafios enfrentados pelas pessoas em todo o mundo. No geral, todos os objetivos podem ser relacionados com o crescimento econômico, de forma a posicionar o Brasil cada vez mais como destaque no cenário da economia internacional.
O futuro da humanidade depende da energia
A matriz energética de um país é fator vital para determinar o potencial de crescimento de sua economia. O Brasil, no contexto mundial, possui condições favoráveis para se tornar competitivo e desenvolvido, dado que a matriz hídrica é renovável e a principal fonte de energia elétrica.
A evolução tecnológica, ao mesmo tempo que depende de energia, também apoia a geração, o consumo e o reaproveitamento cada vez mais eficientes na sociedade.
Porém, o mundo está com o alerta ligado para a transição energética, de forma a buscar a migração de matrizes energéticas poluentes para fontes de energia renováveis.
É possível vislumbrar o nível do potencial e viabilidade de aderência do Brasil às ODS apontadas pela ONU, em relação a outros países, quanto às medidas de mitigação climática baseadas no solo nas políticas climáticas dos setores público e privado, demonstradas a seguir:
Além dos temas abordados, pode-se listar outros em que o Brasil possui relevância mundial:
1. Tamanho da economia: indústrias instaladas e mercado consumidor;
2. Recursos naturais: terras agrícolas produtivas, reservas minerais e de petróleo;
3. Relações internacionais: envolvimento em atividades de órgãos e fóruns globais;
4. Segurança: regional e internacional, com regime de não proliferação nuclear.
É comum o alerta de que é necessário cuidar do planeta para as gerações futuras, mas nem sempre é o que ocorre na prática. Desde 1970, o “dia da sobrecarga”, todo ano, marca a data em que as demandas por recursos naturais superam a capacidade da Terra de se regenerar.
Para 2023, todo o consumo de recursos a partir do dia 02 de agosto será saldo negativo para o ser humano na caminhada ao futuro sustentável.
Durante uma palestra pública na Universidade Cornell, em 1994, o cientista astrônomo, Carl Sagan, compartilhou suas reflexões sobre o planeta Terra na vastidão do Universo.
“A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que abriga vida. Não há outro lugar, pelo menos no futuro próximo, para onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar, sim. Assentar-se, ainda não. Gostemos ou não, a Terra é onde temos de ficar por enquanto.”, Carl Sagan.
A ciência e a tecnologia se empenham em solucionar as questões da humanidade, enquanto as sociedades escalam cada vez mais a demanda conforme o crescimento populacional e econômico.
Energia pode ser o grande drama da história da humanidade! O setor energético tem parte importante da responsabilidade sobre o crescimento econômico sustentável, que será determinante para a continuidade da espécie e evolução para o próximo estágio da sociedade moderna.