Economia

Qual é o momento ideal para atualizar a carteira de investimentos?

Especialistas afirmam que é preciso ter cuidado para não só multiplicar os ativos, mas preservar o patrimônio já conquistado

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

Instituições financeiras estão deixando de lado o modelo tradicional baseado apenas em carteiras de investimento, serviços bancários e crédito. Com uma visão de longo prazo, empresas como a XP Investimentos estão incorporando o wealth planning ao portfólio de serviços, oferecendo acompanhamento personalizado e estratégico para seus clientes.

O objetivo é não só multiplicar os ativos, mas preservar o patrimônio já conquistado, considerando fatores como segurança jurídica, sucessão familiar e economia tributária. A XP conta com uma equipe multidisciplinar, que atua desde o mapeamento do perfil do cliente até a recomendação das melhores ferramentas de proteção patrimonial.

Wealth planning envolve previdência, seguros e sucessão familiar

O atendimento vai além da tradicional assessoria de investimentos e inclui:

  • Gestão tributária personalizada
  • Previdência privada e seguro de vida
  • Planejamento sucessório entre herdeiros
  • Dolarização de parte do patrimônio

“Multiplicar o patrimônio é essencial, mas também é preciso protegê-lo. O atendimento da XP parte da realidade do cliente e entende que a rentabilidade é apenas uma parte da equação”, explica Cecília Perini, líder da XP.

Holding patrimonial: proteção jurídica e organização sucessória

Entre as estratégias utilizadas está a holding patrimonial, uma empresa criada para centralizar os bens da família. Essa estrutura reduz riscos como dívidas pessoais que possam comprometer o patrimônio familiar, facilita a sucessão e evita disputas judiciais.

Além disso, a holding permite que o comando dos negócios familiares seja previamente definido, indicando quais herdeiros terão papel de liderança — algo essencial para evitar conflitos e garantir a continuidade da gestão dos bens.

“Há casos em que a morte do provedor da família deixa cônjuges e filhos sem acesso a recursos essenciais. Com a holding, isso pode ser evitado”, alerta Cecília.

Economia tributária: ITCMD, ITBI e Imposto de Renda

Um dos principais atrativos da holding é a economia com tributos:

  • ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação):
    Em uma holding, o imposto é calculado com base no Imposto de Renda, e não sobre o valor de mercado. Isso reduz significativamente os custos na sucessão patrimonial.
  • ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis):
    A isenção se aplica quando os imóveis da holding são usados pela própria família.
  • Imposto de Renda:
    Alíquotas de até 27,5% na pessoa física caem para 12% (locação) ou 8% (venda) na holding, desde que os bens estejam alocados corretamente.

Estratégia exige análise financeira e planejamento a longo prazo

Apesar dos benefícios, a criação de uma holding patrimonial exige cautela e planejamento financeiro. Há custos com abertura da empresa, contador, administrador e honorários advocatícios. Por isso, a estratégia deve ser bem avaliada, especialmente em casos de patrimônios menores.