O contribuinte brasileiro vai trabalhar até o dia 31 de maio somente para pagar os impostos exigidos pelos governos federal, estadual e municipal. A previsão é de que, neste ano, ele tenha de destinar 41,37% do seu rendimento bruto anual para o pagamento de tributos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
Para saber os reflexos desses gastos no orçamento dos capixabas a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Vitória (CDL) encomendou uma pesquisa à Flex Consult. O levantamento foi realizado entre os dias 17 e 22 de abril, na Grande Vitória e em mais 15 municípios capixabas. Foram feitas mil entrevistas domiciliares e nos pontos de afluência das residências. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais com nível de confiança de 95%.
Segundo o estudo, 94,5% dos contribuintes do Espírito Santo avaliam que a carga tributária do País é alta ou muito alta e apenas 2,90% dizem que é justa. Quase o mesmo percentual de entrevistados, 94,4%, acreditam que a qualidade dos serviços prestados pelo governo federal não compensa a quantidade de impostos pagos.
Com relação aos tributos pagos ao governo do Estado, como ICMS e IPVA, 90,50% afirmam que são altos ou muito altos; 3,50% acham que são justos. Quanto à qualidade dos serviços, 93,5% não acha que há compensação pelo valor.
Arrecadação
O Espírito Santo já arrecadou, apenas em 2015, cerca de R$ 2,3 bilhões em impostos. No Brasil, esse número chega a R$ 782 bilhões. De acordo com o site do Impostômetro, com os impostos arrecadados até agora no Estado, seria possível contratar mais de 142 mil policiais, 172 mil professores de ensino fundamental, comprar mais de 28 mil ambulâncias equipadas ou construir mais de 24 mil km de redes de esgoto.