Os setores produtivos capixabas já têm um plano de ação para lidar com a reforma tributária, que pode causar prejuízos à arrecadação de impostos do Estado. O Recomex-ES, Conselho Estratégico de Comércio Exterior e Logística do Espírito Santo, quer transformar o Espírito Santo em hub logístico do país.
O Recomex-ES apresentou o plano, nesta segunda-feira, a representantes das principais entidades, secretarias de governo e empresas capixabas. Estavam no encontro o movimento empresarial ES em Ação, Fecomércio, Sincades, Transcares, Findes e outras entidades. Estavam também, além do governador Renato Casagrande, o presidente da bancada capixaba em Brasília deputado Da Vitória e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos.
A proposta é ajudar os outros estados na posição de ser um grande hub logístico. A ideia é que este ano a gente consiga pelo menos consolidar tudo aquilo que impacta e tudo aquilo que dê oportunidade dentro da reforma tributária. Já mapeamos as questões logísticas e temos a visão de que a BR-101 fica pronta até 2032. Temos ainda investimentos liberados para a BR-259 e para a BR-262. Mas tudo isso depende do poder público. Sidemar Acosta, presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex).
O Recomex-ES é um conselho estratégico que envolve comércio exterior, logística, e-commerce e outros setores do Estado. É formado por lideranças que já estudam estratégias para evitar perdas com a reforma. O principal ponto de impacto à economia capixaba será que a carga tributária vai incidir nos estados consumidores e não produtores. Ou seja, estados com populações maiores vão arrecadar mais. Não é o caso do Es, que tem população inferior aos 4 milhões de habitantes.
Recomex-ES deve estudar soluções
O secretário de Estado do Desenvolvimento, Sérgio Vidigal, explicou que o Recomex vai apresentar soluções para que o Estado não perca muitas receitas com a reforma. “O conselho nada mais é do que um antídoto, uma vacina, à reforma tributária. Talvez isso tenha nos faltado quando houve o fim do Fundap, o que acabou atrasando um pouco o Estado a reconhecer novos caminhos. A reforma tributária é dura para o Espírito Santo”.
O presidente do Sindiex explicou como o conselho deve trabalhar e quais serão as orientações a partir de agora.
“O Recomex-ES tem um termo assinado entre a iniciativa privada e o governo. A gente criou toda uma governança para poder gerir esse conselho. Temos estatutos, acordo de confidencialidade e geramos 10 reuniões. Nesses encontros a gente conseguiu estruturar 6 grupos de trabalho e assim trabalhar todos os mecanismos da reforma tributária através dos 24 membros conselheiros. Nesse sentido, vamos encontrar oportunidades para que possamos garantir a continuidade da atividade econômica do Espírito Santo. Esta é a grande ideia”, pontuou.